Fodeu ( part 2)

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Povs Agatha

- Di, todo mundo vai desconfiar
- Desconfiar dq?
- Da gente uai - Eu olho pra ele, apontando pra mim e ele ao mesmo tempo
- Claro que não amor, é uma foto qualquer
- Amor você não está entendendo a gravidade do assunto - Eu digo me desesperando e andando de um lado para outro na sala
- Amor, relaxa - Diego me puxa pelo braço, fazendo com que eu bata com força em seu corpo - Eu te amo amor, é isso que importa, eu vou lutar todos os dias por nós dois, mesmo quando vc desistir de si mesma, eu ainda estarei aqui pra lutar por vc

Quando Diego diz isso, uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto, ele limpou meu rosto com a costa da mão

- Escuta amor, eu estarei aqui, não importa o que aconteça, eu deixei uma vida, só pra ficar com você
- Não sei Di, se isso valerá a pena no final - Me desvencilio de seu toque e seus braços
- Ei - ele me puxa mais uma vez - Não vai desistir agora, não depois de tudo que aconteceu
- Me prova entt, que vale a pena
- Ok, isso será meu novo desafio - ele enxuga minhas lágrimas e beija minha testa- Te amo minha birrenta marrenta
- Eu também te amo
- Agora chega, vamos tirar logo essa foto, e irmos fazer sua matrícula

Ele praticamente toma o celular da minha mão e sorri, tiramos várias fotos em posições diferentes, inclusive uma que ele beija minha testa

Povs Diego

Terminamos de tirar as fotos, todas ficaram muito bonitas, sabe que olhasse aquelas fotos diriam que somos um casal perfeito, apesar dos nossos traços semelhantes

- Então vamos amor?
- Vamos Di, estou ansiosa para entrar na faculdade de verdade

Vamos até a garagem, abro a porta pra Agatha, vejo ela subindo, fecho a porta e dou a volta no carro, entro no carro, coloco o cinto de segurança e pego na coxa de Agatha e ela se vira com um lindo sorriso

- Que foi Di?
- Nada amor, só queria olhar seu sorriso
- Assim vc me deixa envergonhada - ela diz corada

Eu tiro a mão da perna dela enquanto sorrio, ligo o carro e acelero para fora da casa

- Posso ligar o rádio Di? - Agatha pergunta quando paramos no semáforo
- Claro que sim, não precisava nem perguntar - digo olhando para ela

Com suas mãos delicadas ela liga, e na estação toca um sertanejo e ela começa a cantar, e porra que voz linda

- Não sabia que cantava amor - digo tocando sua perna
- Não, eu não canto Di- ela diz corada
- Achei sua voz linda, de verdade
- Obrigada Di, mas não - Ela diz sem graça e avermelhada

O semáforo abriu, eu acelerei e Agatha continuou cantando as músicas que tocavam, acelerei, fiz o contorno e lá estávamos parados em frente à faculdade
Tirei o cinto de segurança e desci, dando a volta e abrindo a porta para minha mulher, segurei sua mão e ela desceu do carro, linda e com um sorriso deslumbrante

- Di, eu nem acredito, eu vou estudar aqui - ela diz me dando um abraço
- Pois acredite meu amor, você irá realizar todos seus sonhos - Eu seguro sua cintura e olho dentro de seus olhos
- Agora vamos?
- Vamos, mas antes tenho que te dar uma coisa
- Oq Di?

Eu Puxo ela e lhe dou um beijo, nossas línguas dançam e se entrelaçam, mas a falta de ar nos pega e deixamos o beijo com vários selinhos

- É pra dar sorte
- Que bobo você hein - ela sorri e me dá um tapa no braço- Eu vou indo Di, você me espera aqui?
- Sim amor, pode ir, estarei que te esperando

Ela me dá um beijo na bochecha e se vira, entrando na faculdade

Povs Agatha

Meu sonho está realizando, eu passei no curso que tanto desejo, finalmente vou fazer direito e meu homem está lá fora me esperando

Me dirijo até a sala de matrícula, sento e logo sou chamada, a mulher registra todos meus cadastros e em menos de 10 minutos eu estou matriculada no meu curso

Estou saindo da sala, olho alguns dos meus documentos e ando, mas trombo em algo, meus documentos caem, me agachei, catando todos eles, a pessoa também se agacha e me ajuda, pegando o resto é me entregando

- Me desculpa, estava distraído com meu celular
- Que isso, eu que te peço desculpas, esqueci que estava andando
- Agatha? - Eu me assusto quando o garoto pronuncia meu nome
- Bernardo? - Eu digo olhando aqueles belos olhos azuis
- É você mesmo? - ele diz se aproximando
- Sim
- Haha, não acredito, vc está bem mais bonita - ele diz me abraçando
- Você também não está nada mal- digo desfazendo o abraço
- Quanto tempo cara
- Psé né, vamos andando

Nós fomos andando e avistei Diego, encostado em sua caminhonete e distraído com o celular, Bernardo está com o braço enroscado em meu pescoço

- Di!!! - o chamo e ele olha em minha direção, ele anda mais rápido quando me avista
- Oi amor - ele me dá um selinho e me puxa pela mão
- Di? - Eu digo meio sem entender - este aqui é Bernardo, meu amigo de infância
- Prazer Bernardo, Diego, namorado de Agatha - Diego diz estendendo a mão
- Prazer Diego, conheço ela desde quando eramos crianças, bom Agatha foi bom te rever - ele aperta a mão de Diego e depois me abraça- Vamos nos encontrar mais vezes por aqui, afinal também estudarei aqui
- Vamos amor - Diego me chama, interrompendo a fala de Bernardo
- Vamos!! Outro dia a gente conversa Bernardo- Eu despeço dele com um abraço e um beijo na bochecha, ele sai e Diego está encostado, na mesma posição de antes - Você não queria ir? Então vamos

Ele abre a porta pra mim, eu entro e logo ele também, sem dizer nenhuma palavra, ele liga o carro e acelera, estamos perto de casa e o silêncio predomina o carro, até que decido falar alguma coisa

- Diego, para o carro
- Oq? Tá doida Agatha?
- É sério, para o carro

Ele freia e encosta a caminhote

- Oq que foi? Aqui é perigoso- ele nem sequer me olha
- Olha pra mim Diego
- Fala- ele se vira pra mim, mas não fala nada e nem esboça reação
- Porque você tratou Bernardo daquele jeito é agora está agindo assim?
- O tratei normal e eu sou desse jeito! - ele diz se virando e olhando para o volante
- Você sabe muito bem do que estou falando Diego - pego em seu braço, mas ele se esquiva de meu toque
- Agatha, eu sou homem, e te ver daquela maneira com outro foi extremamente estressante ou vc acha que não sinto ciúmes?
- Diego, para com isso, eu não fiz nada, eu trombei com ele, meu amigo de infância
- Então porque estavam tão sorridentes e ele com aquele braço no seu pescoço?  - ele disse apontando para mim
- Diego, olha pra mim - ele olha e vejo a raiva em seu olhar - Eu nunca tive e nem quero ter nada com ele, por favor pare de bancar o adolescente revoltado- Eu digo firme
- Ok, é que só de pensar em te perder eu fico louco, e imaginar nos braços de outro, a fúria tomou conta de mim, eu te amo muito Agatha!!
- Eu também te amo Di, mas vamos tentar controlar esse ciúmes, ainda mais agora que vou entrar na faculdade
- Eu prometo tentar amor, apesar de ser bem difícil

Eu vejo sinceridade nos olhos e nas palavras dele, ele aproxima e toma minha boca em um beijo quente, ele morde meus lábios e eu agarro seus cabelos, dando leves puxões, o beijo dele me deixa louca

- Agora vamos para casa mocinha - ele diz contra meus lábios- já está anoitecendo - ele liga o carro, pega a pista e acelera em direção à minha casa

Logo estamos na frente de casa
- Está entregue amor
- Agora como a gente fica Di?
- Suas aulas começam quando?
- Na semana que vem
- Fim de semana eu passo aqui pra gente ir ao cinema ou algo do tipo, pode ser?
- Pode sim, mas agora é meu melhor eu ir, meus pais já estão aí
- Não vai nem se despedir? - ele disse fechando o vidro da caminhonete

Assim que o vidro é fechado, ele pega em mim e me puxa, estou praticamente no colo dele

- Amor não queria deixar você nunca mais! - ele diz no pé do meu ouvido
- Aaa Di, nem eu - dou um selinho demorado nele - Agora preciso ir
- Te amo
- Tbm te amo Diego

Eu abro a porta, desço e quando me viro novamente, ele está com o vidro aberto e grita

- Entra logo, não quero correr o risco de te perder

Eu obedeço e logo estou portão a dentro, ele some diante a rua

A não sei o que fazer, amo tanto esse homem, mesmo sabendo o quanto isso é errado

...

Meu querido primo Onde histórias criam vida. Descubra agora