Capítulo 5 - A garota de aço

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_Ela está bem?
_O que aconteceu?
"Vozes abafadas"
_Ela vai ficar bem?
Eu escutava muitas vozes. Abri meus olhos. Eu estava no meu quarto, deitada na cama.
_Humm... o que aconteceu?_ eu resmunguei.
Meu corpo estava dolorido e eu sentia fortes dores nas costas.
_Filha! Você está bem meu amor?_ minha mãe disse.
_Sim, estou bem, mas o que aconteceu?_ eu repeti a pergunta, me sentando na cama devagar.
_Você foi atingida por un raio quando estava vindo para cá! Que bom que você está melhor, você ficou desacordada por dois dias!_ minha mãe falou, passando a mão em meus cabelos.
Espera, dois dias? De repente, me lembrei do Marcos, da Ana, do clarão...
_Onde ele está??! Onde o Marcos está? Ele está bem? E a Ana?_ eu estava desesperada.
_A Ana está bem. Ela não foi atingida. Ela que gritou para alguem ajudar vocês dois...
_E o Marcos, mãe?_ interrompi _ ele está bem?
_Nós não temos notícias dele, filha.
_Eu vou lá, eu tenho que ir!_ eu tentei me levantar, mas a dor não me deixava ficar em pé.
_Filha, não! Assim que soubermos de alguma coisa nós vamos te avisar, mas você precisa ficar em repouso!_ minha mãe falou.
Eu não ia aguentar ficar sem vê-lo! Eu esperei até a noite quando todos estavam durmindo. Mesmo com a dor, eu era forte. Eu me apoiei nos móveis do meu quarto e fui até a sala me segurando nas paredes. Peguei a chave que estava ao lado da porta, abri e saí. Eu estava quase virando a esquina da minha casa e dois caras apareceram na minha frente. Eles estavam encapuzados, não pude ver os rostos deles.
_Anda, passa tudo que você tem!_ um deles falou apontando uma arma na minha cara, enquanto o outro me segurava. Eu gritei bem alto e o cara da arma falou:
_Você quer morrer menina?_ ele disse.
Nesse momento, eu senti uma coisa que vinha de dentro de mim. Eu dei um chute no cara que estava me segurando e ele voou para trás batendo na parede e fez um buraco nela, que devia estar á uns dez metros de onde estávamos. Nesse momento, o cara da arma atirou em meu peito, mas era como se não tivesse efeito nenhum. A bala nem perfurou minha roupa. Depois disso, o cara da arma olhou para mim como se eu fosse um monstro e saiu correndo pelo beco ali perto. O cara que eu tinha empurrado também correu mancando um pouco.  Só depois daquilo percebi que a dor tinha passado. Eu não acreditava no que tinha acabado de acontecer. Como aquilo era possível? Como eu consegui empurrar aquele cara daquele jeito? Como veio aquela força? E o mais impressionante: como eu sobrevivi depois de levar aquele tiro no peito? Como aquilo nem me machucou?
Depois daquilo, resolvi ir ver o Marcos amanhã, já estava cansada, eu não ia aguentar ir até lá.
Comecei a associar as coisas: O raio, a força, eu ser a prova de balas... talvez tivesse alguma ligação.... talvez.

Como Eu Me Tornei a SuperGirlOnde histórias criam vida. Descubra agora