Desde que saíram da casa de Eduardo, os três conversavam a gritos. Fernando, revoltado, dizia que acabara de perder definitivamente o contato com um grande cara e Margarete o consolava com um abraço. Thiago, no entanto, parecia mais triste que Fernando.
— Esse carinha é mesmo diferente — disse, pensando em voz alta — Acho que também teria me sentido ofendido, e não sei se traduziria o texto, se fosse ele.
— Eu tô falando, ele é muito gente boa. É verdade que nunca sai de casa e é ligado demais em estudar, mas quando ele tocou com a gente e depois saímos pra comer pizza foi muito louco! Não tinha um assunto que o cara não discutisse na boa. E ele manja todos os sons de heavy metal que a gente toca.
Um silêncio daqueles angustiantes e intermináveis invadiu a conversa, enquanto Fernando tomava a direção da sua casa, deixando o grupo, e Margarete e Thiago seguiam para o lado oposto.
— Cara, cê não falaria com ele, assim, pelo menos pra não ficar essa situação tosca? — perguntou Thiago.
— Tava pensando nisso agora mesmo, Thiago. Amanhã, dou um pulo lá e converso com ele. Não sei muito bem o que posso falar, mas de repente ajuda!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu tenho um disco voador na garagem
Ficção AdolescenteQuando Eduardo começou a buscar por luzes brilhantes no céu, ele nunca imaginou que estaria tão perto de encontrar um amor proibido na Terra. Uma história curta sobre descobertas do cosmos infinito ao profundo do coração.