Capítulo 4

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Pov Dimitri

Era tão bom estar perto dela novamente que não pensei muito quando a vi e envolvi seu pequeno corpo em um abraço. Ela estava triste e eu só queria consolá-la.

Tê-la em meus braços depois de tanto tempo foi maravilhoso, e acabei implorando para que ela deixasse eu cuidar dela. E novamente não pensei muito e a beijei... e foi melhor do que um dia imaginei. Seus lábios macios, sua língua gostosa fez com que fome e desejo queimasse através de mim e todo meu corpo reagiu. Apertei seu corpo contra o meu, aprofundando um pouco o beijo, mas assim que meu pau endureceu, vi o que tinha feito e me afastei dela, virando de costas para que ela não percebesse minha ereção.

Puta que pariu! Soltei em russo. Como eu tinha deixado isso acontecer? Eu tinha claramente deixado meu corpo dominar. Ela não merecia que eu me aproveitasse dela desse jeito.

- Desculpa meu anjo - disse ainda na mesma posição - Eu não deveria ter feito isso...

- É claro que não deveria - disse ela e notei um pouco de amargura em sua voz - Você nunca me quis - completou num sussurro e eu não podia deixá-la pensar isso, cheguei rápido e a abracei.

- Meu anjo... Você se engana ao pensar isso... Eu sempre quis você -  declarei - Mas você está machucada, triste, confusa e eu jamais me aproveitaria dessa situação... - mas do que ja fiz, completou minha mente.

- E eu tenho namorado...

- Não que ele mereça você - disse entredentes, fechei minhas mãos em punho para controlar a raiva que sentia por meu irmão -  Agora, você fica aqui enquanto eu preparo algo para você comer.

Saí para a cozinha para preparar-lhe algo. Eu conhecia aquela casa com a palma da minha mão, então nem me esforcei de pedir permissão. Depois que comemos decidi que ja já estava na hora de ir. Não estava tão tarde, mas com a chuva que caía se eu me demorasse acabaria ficando preso na lama da estrada, pois a casa de Rose era um pouco afastada do centro centro da cidade.

Mas acabei ficando quando ela me pediu, por causa da chuva. Eu também não queria me afastar dela mesmo. Ela se despediu indo para seu quarto e eu fiquei um pouco lá embaixo, pensando.

Eu finalmente a beijei. E ela retribuiu, mas achava que isso só aconteceu por ela estar frágil. Eu também no passado tinha agido pela dor. Seria essa a razão da retribuição? Ou era porque ela me queria?

Deixei esses pensamento para lá e quando percebi que a chuva não pararia tão cedo, saí e tirei minha moto da chuva e a coloquei na garagem, mas acabei me molhando todo. Fui para o quarto de hóspedes e retirei toda minha roupa e vesti uma cueca e bermuda secas. Pela manhã eu tinha planejado passar o dia na velha cabana e tinha separado essas peças para que eu pudesse aproveitar o rio. E agradeci mentalmente por tê-las colocado na mala da moto com antecedência.

Deitei na cama e levei um pouco de tempo para dormir. Minha mente ficava passando e repassando aquele beijo. Era como um maldito filme que repetia e repetia. A suavidade e gostosura de seus lábios, seu corpo curvilíneo pressionado ao meu... Meu corpo despertou novamente e sangue desceu até meu pau.

Porra! Eu não deveria está pensando nisso!

Tentei me ajeitar na cama para dormir, mais com o passar do tempo vi que não conseguiria. Levantei e fui ao banheiro decidindo tomar um banho gelado para aquietar o meu amigão lá em baixo. Mas nem bem cheguei na porta quando escutei um grito de Rose.

Saí correndo ao seu encontro. Ela gritava e se mexia na cama. Me sentei em sua cama, e quando acordou eu a abracei para tentar acalmá-la, ela  se agarrou em mim e subiu em meu colo - suas pernas em cada lado das minhas - enquanto ela chorava.

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