Quando tudo começou.

2 0 0
                                    

Já estava de saco cheio daquele relacionamento, ainda mais depois da combustão de sentimentos que eu obtive só de olhar para aquela deusa grega. Hoje seria o segundo dia do evento e decidimos nos encontrar de novo, e já não aguentando mais resolvi terminar logo aquela relação que não tinha mais lógica.

– Alice, então eu vou direto ao assunto. Eu quero terminar.

– Por que? Estávamos bem, é por causa da Camila né?

– Não vou mentir não, é sim por causa dela.

– Se quer assim, ok.

Tá, não vou mentir, achei muito estranho aquela aceitação toda, mas a gente não reclama. Sempre fui uma pessoa com o pé atras em certos casos e nesse caso eu estava com os dois pés atrás, até porque todos falavam que a Alice é louca por mim e essa aceitação não vai ser coisa boa ainda mais sabendo que ela é vingativa, coisa boa não vai sair daí, mas vamos esperar pra vê o que ela vai fazer.

Fui ao encontro da Camila e hoje sem a Alice para empatar qualquer coisa. Ela estava tão linda como sempre e eu babaca como sempre, brincamos, rimos e foi aonde que ela me pediu pra tirar uma foto delas com as amigas dela, peguei o celular e tirei uma selfie minha, sim eu sou esse tipo de pessoa de fazer essas brincadeirinhas. Quando eu entreguei o telefone pra ela eu a vi suspirar e dizer "nossa que sorriso lindo" acho que nesse momento eu esqueci de como se respira. A noite já ia acabando então ela decidiu ligar para sua mãe e pedir que a buscasse, eu como uma boa cavalheira que sou fiquei esperando graciosamente ao seu lado e conversando coisas aleatórios.

– Eu terminei com a Alice hoje. – Ela abriu um sorriso lindo e que sorriso, não esperava uma atitude dessa vindo dela, até porque elas eram amigas e achei que ficaria triste pela amiga.

– Nossa, ela deve está arrasada.

– Eu acho que não, pois ela aceitou numa boa o término, então eu estou bem tranquila com isso. Acho que posso me dedicar a quem realmente...

– Eu acho que gosto de você – Foi nesse momento que eu realmente esqueci de como se respira, de como se vive, de como qualquer coisa. Ela não esperou eu terminar de falar e depois dessa declaração oficial, eu estava parecendo uma garotinha em noite de Natal que acabou de ganhar a bicicleta rosa do papai noel.

– Desculpa, pode repetir? – Eu estava parecendo um camarão de tão vermelha que eu estava, meu coração parecia que iria sair pela boca, minhas mãos tremiam, minha respiração estava descontrola. Deus se você for me dar um ataque cardíaco agora me deixe ao menos beija-la.

– Eu acho que gosto de você, eu sei que sou hetero, mas você veio com esse seu jeito meio babaca e brincalhão, eu faço as coisas e já quero te mandar achando que você irá gostar de saber. Eu não sei, mas eu acho que gosto de você.

– Eu juro que estou tentando não morrer agora, mas está difícil com essa declaração, se eu cair desmaiada agora você me beija e faz respiração boca-a-boca comigo e abusa do meu corpo? – Me desculpem, mas eu não sei reagir a momentos como esse, na verdade eu não sei reagir a momento algum, é eu sou o pior ser humano a reagir com morte.

– Eu não quero ter que te ressuscitar com um beijo, pois quero que você o retribua.

– Eu posso te beijar? – Estávamos em uma distância de 1,5m uma da outra e fui me aproximando devagar, parecia que eu estava pisando em ovos, dei o tempo dela se afastar, mudar de ideia. Eu me aproximei ficando agora bem próxima, se eu desse um passo poderíamos nos beijar.

Sua mãe acaba de estacionar ao lado da gente nos assustando, toda sem graça me despeço dela e de sua mãe, e vou ao encontro dos  meus amigos continuo um pouco com aquela noite, mas nada me tira da cabeça aquele quase beijo, aquela quase sensação dos seus lábios, aquela quase sensação de minhas mãos a envolvendo, aquela quase sensação de um suspiro após um beijo intenso.

Essa noite foi enterrada junto com os meus desejos a Camila e continuamos com a nossa amizade, conversas e mais conversas foram trocadas, noites e noites eu imaginava o nosso beijo optando em deixar pra lá só pra termos uma amizade sólida.

3 meses depois

Camila acaba de me mandar uma mensagem me pedindo pra acompanhá-la em uma festa, não pensei duas vezes em aceitar ao seu convite. Chamei uma amiga minha para não ficar sozinha já que ela iria com umas amigas dela também. Fomos ao pub, muito bom por sinal, muitas mulheres. Encontrei mais alguns amigos meus neste pub, ficamos bebendo e nos divertindo o álcool entrando e a coragem saindo, até que me dá os famosos 5 segundos de coragem e me aproximo de Camila.

– Eu só saio daqui quando ganhar um beijo seu. – Ela arregalou os olhos com a minha ousadia, já que eu nunca tinha essa ousadia com ela.

– Pode deixar, que eu vou dar esse beijo que também estou esperando. – Fiquei estática com a sua resposta.

Se passaram mais alguns minutos e nesses minutos foram copos e mais copos de cerveja, já não tinha mais controle sobre minhas ações com o efeito da bebida. Distribuía risos e piadas sem graça, chamava os garçons de padrinhos, todos para mim eram amigos de infância e se me perguntavam eu dizia que conhecia a anos, os amigos da Camila já estavam me amando e eu os amando, quando vejo Camila se afastar um pouco para atender o celular.

– Então meu amor, quando eu vou receber o meu tão esperado beijo? – Falo atrás dela já a abraçando por trás e vejo seus pelos se arrepiarem, dou um beijo delicado em sua nuca e um aperto em sua cintura.

– Agora, vem comigo.

Ela sai me puxando entre as pessoas do pub para o banheiro e me jogando dentro do mesmo, não tenho tempo de associar muito as coisas. Sua boca devora a minha sem piedade, seu beijo é uma mistura de excitação, luxúria, e com um pouco de sentimentos e apesar de toda intensidade do beijo eu consigo finalmente sentir as famosas borboletas no estômago. Foco na intensidade do seu beijo, agarro sua cintura com força, dou uma leve mordia em seu lábios para finalizarmos o beijo, encostamos nossas testas com a respiração ofegante ambas com um sorriso imenso no rosto, não precisa de palavras naquele momento, quando mais uma vez ela me surpreende.

– Dorme comigo hoje? – Fico um pouco sem reação já sabendo o que nos esperava ao longo da noite.

– Eu faço esse sacrifício hoje por você. – Não poderia deixar de brincar.

Depois de mais alguns beijos trocados decidimos sair do banheiro, voltamos ao nosso grupo de amigos e as duas já impaciente pra noite tão esperada. Não durou nem 10 minutos depois do banheiro para irmos embora.

Conheci seus pais melhor aquela noite, conversamos um pouco, decidi tomar um banho aonde ela me emprestou um vestimento e logo fui esperá-la terminar o seu banho.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 08, 2017 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Um amor sem...Onde histórias criam vida. Descubra agora