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Capítulo Quatro: Feelings

Quando as gêmeas saíram resmungando, Marlene se deu conta do que havia acabado de fazer e o olhar completamente perdido e um tanto estranho que Sirius lhe lançava não estava ajudando em nada. Desejava agora ter deixado Sirius se livrar sozinho das garotas, mas era tarde demais para isso. Ela já havia feito besteira demais.

— Vamos voltar para a torre? — perguntou sem conseguir olhar nos olhos de Sirius.

Não esperou que concordasse ou discordasse, caminhou o mais rápido que pôde para a torre da Grifinória. Seu cérebro não a deixava pensar com clareza, pois gritava com ela sobre as consequências do que acabara de fazer. Já seu coração batia tão acelerado que não a deixava se livrar das sensações que sua atitude insana lhe proporcionou. Seu interior estava em guerra, literalmente.

Sirius caminhava silenciosamente ao seu lado, mas ela ainda podia sentir seus olhos queimando em sua pele, provavelmente se perguntando porquê ela tomara tal atitude.

Em poucos minutos adentraram o retrato da mulher gorda e encontraram o salão comunal vazio. Marlene se praguejou. Por que algum primeiranista não estava por ali para livrá-la do interrogatório de Sirius?

Estava quase fugindo para o seu dormitório quando Sirius chamou seu nome. Sua voz soou tão cheia de sentimentos e perguntas que ela não pôde evitar de olhar em seus olhos cinzentos que pareciam estar cheio de eletricidade.

— O que acabou de acontecer? — perguntou.

Ela não possuía uma resposta para isso. Nem mesmo Marlene conseguia explicar como fora capaz de fazer o que ela mais tentou ignorar durante todos esses dias que não possuía mais controle sobre si própria.

— Eu estava salvando você. — e não era mentira, tampouco era o real motivo. — Você deveria estar me agradecendo.

Naquele momento ela soube que ele não estava acreditando em uma palavra, se odiou profundamente por ser sempre tão transparente para Sirius.

— Você está estranha há um tempo, Lene. — ele começou. — Está sempre fugindo e agindo estranho, e eu quero saber o porquê.

O modo como ele falou e como seus olhos pareciam implorar por uma resposta, fez seu coração acelerar ainda mais. Por Merlin, como ela explicaria tudo a ele? Ela nunca esteve em uma situação dessas, nunca havia se declarado para qualquer pessoa e tampouco se imaginou fazendo isso. Se ela precisasse fazer isso com qualquer outra pessoa daquele castelo, tinha certeza de que não estaria tendo uma batalha interna consigo mesma. Por que Sirius lhe deixava assim?

Mas Marlene McKinnon foi burra o bastante para se apaixonar pelo melhor amigo que jamais seria capaz de corresponder aos seus sentimentos.

E com esse pensamento feliz, ela tomou fôlego e começou:

— E-eu lembro de tudo o que aconteceu naquela noite, Sirius. — não era o que ela desejava dizer, mas simplesmente saiu.

Havia prometido a si mesma que jamais revelaria aquilo a ele, mas já estava cansada de agir como uma idiota em sua frente.

— Cada detalhe do que houve lá em cima... — ela apontou em direção a escada que levava ao dormitório masculino. — Continua fresco em minha mente. E isso é extremamente ridículo porque eu nunca senti isso antes, mas eu simplesmente não consigo esquecer! — andava de um lado para o outro e evitava olhar na direção de Sirius que estava parado há poucos metros a encarando. — Desde aquela noite eu sequer consigo dormir direito porque até em meus sonhos você está! Portanto decidi que me manter afastada seria a única saída, caso contrário eu acabaria fazendo algo estúpido. Mas Merlin parece adorar ver a minha desgraça, porque encontrei você com aquelas duas malucas e um plano completamente idiota se formou em minha mente, e o que eu fiz? Ah sim! Eu fui lá e fiz o que vinha me proibindo de fazer desde aquela maldita noite! E...

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⏰ Última atualização: Aug 11, 2018 ⏰

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