The liberation of the black bird

Capítulo 1- Avaloks

Desde que me entendo por gente, fui obrigada e incentivada a conhecer as histórias do povo Avalok, aprender toda a nossa cultura não é só uma obrigação, é um dever e uma honra. Nós, Avaloks, acreditamos que assim que nascemos, estamos ligados de alma e mente com um animal, acreditamos que todas as pessoas estão ligadas à um animal, pode ser qualquer tipo de animal, e com isso, é muito difícil que nós nos relacionemos com outras pessoas que tem como animais totens, animais que não se dão bem com os nossos, um bom exemplo é quando há um animal predador e sua presa, muito dificilmente o casal dura muito tempo. Claro que isso não é sempre e o maior exemplo que conheço são meus pais, minha mãe tem como animal totem um leão e o meu pai uma gazela, os dois animais dificilmente poderiam conviver próximos mas eles provam que tudo pode acontecer. Não há uma certa idade para se encontrar o animal totem, a maioria das pessoas os encontram depois de uns 5/6 anos, mas há outras que os encontram logo após o nascimento, que é o meu caso, quando se acha um animal e ainda não tem o seu parceiro(animal totem) o primeiro a se fazer é ter o primeiro contato visual, a primeira troca de olhares, assim que seus olhos se encontram os dois receberão uma pequena descarga de energia pelo corpo e a ligação será impossível de não perceber. Quando abri meus olhos pela primeira vez não encontrei minha mãe ou algum médico, a primeira coisa que vi foi um corvo, um pássaro maravilhosamente preto, nossos olhos se encontraram e eu senti a famosa "descarga elétrica", vi passando em minha frente tudo o que aqueles olhos negros já viveu, e depois daquele momento eu soube que nunca mais estaria sozinha e que minha vida iria depender da dele e a dele da minha. Minhas primeiras palavras em forma de frase não foram relacionadas a pedir comida ou colo, aos 10 meses de vida, enquanto brincava com meus brinquedos e era observada pelo meu corvo e minha mãe, olhei para o meu bichinho e apenas disse "nome... Ted" a minha mãe me olhou chocada e Ted concordou comigo mentalmente.
Nós, que já encontramos nosso animal totem, sentimos uma enorme conexão com todos os outros animais e seres da natureza, por isso quando conhecemos alguém novo, sempre tentamos indentificar se aquela pessoa tem alguma ligação com os avaloks e mesmo que não tenha, sabemos que em algum lugar do mundo um animal reflete todo o interior daquele ser. Por mais que eu diga que "encontramos" nosso animal totem, na verdade são eles que nos encontram, muitos passam anos e anos procurando por seus parceiros, diferente de nós e dos outros animais comuns eles não morrem por idade, apenas seguem viajando até encontrar sua metade.

Ted é uma ave extremamente inteligente, com 10 anos, eu e ele começamos a frequentar os cursos que minha avó dava, esses eram dados para que as crianças aprendessem mais sobre a nossa cultura, sobre nosso parceiro, e a treinar os nossos parceiros. Apenas crianças da família participavam, mesmo que haja outras pessoas de fora com conexões totens, havia regras sobre deixar que os cidadãos comuns soubessem, por isso procurávamos morar sempre distante da cidade e não recebíamos muitas visitas.
Ainda sobre meu companheiro, bom corvos comem quase qualquer coisa e até mesmo comida humana, são muitos inteligente e espertos, há 8 espécies diferentes e Ted pertence a uma das mais comuns. Eles podem viver em vários lugares com climas variados.
Eles têm uma inteligência muito grande e são muito fáceis de se conviver. São muito famosos nas histórias e isso não é um ponto positivo, a mídia apresenta uma imagem negativa sobre os corvos e muitas pessoas os vêem como um sinal de má sorte, por isso sempre foi um desafio andar na rua com Ted. Apesar disto, ele sempre me acompanha por onde eu vou, geralmente fica escondido em alguma árvore, para evitar que pessoas maldosas façam algo contra ele.

Me desculpem pelo capítulo curto e confuso, se você não entendeu nada peço mil perdões, é mais um capítulo explicando um pouco desse universo que vai ser melhor desenvolvido mais para frente.
*Eu comecei a escrever essa história à quatro/cinco anos atrás então mais uma vez peço perdão por algum erro ou confusão, tentei corrigir o máximo que pude mas estou ansiosa para alguma opinião kkkkkkkk.

Obrigada por ler c: