O desabafo de um exilado

Meus próprios pensamentos me fazendo de refém

   Tô cansado de ouvir "Lute por ela". Tô cansado de ter a pergunta do Lucas martelando sobe minha cabeça. Tô cansado de me perguntar se aquilo foi o nosso derradeiro fim. Tô cansado de ficar pensando "De agora pra frente, algo será como antes?".
    Tudo que quero é que esse turbilhão em que minha mente está se tornando passe. O fluxo de ideias, pensamentos e perguntas é constante. Nem se quer quando durmo minha mente se desacelera. O estranho é que na maioria das vezes eu sou sempre muito lerdo e meu pensamento fica em uma velocidade lamentável.
     Talvez a opção dessas perguntas terem sido com algum interesse dela em mim tenha mexido comigo. Talvez o fato de todos preverem seus movimentos e eles serem muito obvios mexam comigo. Droga! Pra todos, o mundo é previsível. Pra mim, é um grande jogo de xadrez em que meu adversário é Albert Einstein.
     A única coisa que posso fazer é esperar tudo isso se resumir. Porém, sou muito ansioso. Terei de viver com meus pensamentos rápidos como jamais estiveram e parar de pensar em seus sentimentos.
      É orrivel não poder direcionar a própria vida, mas quando ela se trata da vida junto a outra pessoa. Não se pode fazer nada pra direciona-la.
     Estou sendo torturado pelos meus próprios pensamentos. A todo instante me vem flash's de nós conversando no passado. Ela dizia coisas como "O meu futuro é com você.", "Eu sou feliz só com você.". Lembro claramente do dia em que ela veio com uma foto de vestido de noiva, me dizendo que queria casar comigo usando ele. Lembro claramente de tudo. Em meio a esses flash's, uma pergunta reçoa em minha mente "Você lutou tudo isso pra acabar assim". Merda! Não paro de pensar se quer um instante nisso. A pergunta vem, mas a resposta deve estar longe.
     Paro pra pensar em toda nossa história. Foi uma merda, de fato. Porém não parece ser aquilo um final. Ainda mais depois de tantas palavras vindas dela na quela época. Outra pergunta reçoa sobe minha mente "Ela não tinha decidido que namoro só depois da escola?". Saudades de quando eu era um idiota de raciocínio lento que não se importava com as coisas, mas as pessoas crescem e eu tive que crescer também.
     O dahora é que nunca nos beijamos, ela nunca queria ou sempre dizia que não era o lugar certo. Estou vendo que sempre fui trouxa e nunca percebi. Eu era chamado de lento, até que enfim percebi que os outros eram desatentos o bastante pra não ver as coisas como eu via. Já aprendi que não adianta mais eu falar que vou mudar. Adianta mais eu aprender a viver no turbilhão que está sendo minha mente