the war ● imagine

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"A guerra é algo evitável. Mas o ser humano tem a capacidade de a fazer acontecer. Com insultos e ataques, os líderes deixam a si e aos outros loucos. E assim, eles declaram guerra uns aos outros. Foi com uma guerra que eu perdi o amor da minha vida."

-(s/n), eu já disse, eu juro que volto para você...
-m-mas eu tenho medo, (y/f)! M-medo de te perder!
-amor, você nunca vai me perder, eu sou eternamente seu, lembre-se disso
-promete que volta?
-claro, amor.

"Foi nossa última conversa até ele me dar um beijo na testa e entrar naquele caminhão. Eu sabia que ele não ia voltar, mas ele havia se inscrito e agora, tinha que cumprir as consequências disso."
"Meu nome é (s/n). Moro no sul do Brasil. Na época da 2° guerra mundial. A pior guerra de todas. Conheci (y/f) quando fui ao posto de medicação onde ocorria as inscrições para a guerra. Infelizmente, não nos conhecemos antes."
"Vivemos dias felizes juntos, 3 meses. Ele treinava, mesmo sem saber se seria realmente chamado. Passava o dia fora, mas quando chegava a noite, era, com certeza, a melhor parte de todos os dias."
"Nós nos casamos e eu engravidei. Estou de 1 mês agora. Naqueles dias, a gente fazia planos para o futuro, pois disseram que não iam, provavelmente, precisar de mais recrutas. Alguns dias depois de sabermos que seriamos realmente uma família, o noticiário anunciou recrutas novos, e lá estava ele: sua foto, assinatura, nome, idade e etc. Eu chorei a noite toda."
Foi o pior dia das nossas vidas, eu acho. Quando ele chegou do treinamento, chovia. A tristeza reinava, choravamos juntos.
Meu coração se partiu ao perceber que talvez meu filho nasceria sem um pai."
E assim os dias se seguiram, tristeza. Hoje ele partiu. Embora eu acredite no amor da minha vida, não acho que ele vá cumprir sua promessa. Essa é a pior guerra de todos os tempos. Morrer nela é a coisa mais fácil."

"Já se passaram alguns meses desde que (y/f) foi à guerra. Ela já está quase no fim e logo, assim espero, teremos ele aqui conosco. Sim, teremos. Nosso filho o espera aqui. (n/f). Um garoto forte e saudável, que se parece muito com o pai. Alguns soldados já voltaram para as famílias, e eu espero a minha vez." (som de campainha)

Deixei o gravador de lado e fui à porta, com (n/f) no colo. Ao abrir a porta, me deparei com um oficial. Nas suas mãos uma carta. Não. Não pode ser. As lágrimas já escorriam quando eu a peguei. Era um aviso. E na outra página, uma certidão de óbito. E lá estava o nome de (y/f). Era um dia frio. O homem na porta prestou condolências e foi embora, me deixando chorando na soleira. Eu perdi seu pai, (n/f). E não vou perder você...

"Aqui estou eu de novo. Não gravei mais nada após a morte de (y/f). Perdi a noção do tempo e de espaço. E por conta da minha tristeza, agora (n/f) está no hospital. Pneumonia. Chorar virou algo constante agora. Eu fui tão burra. Deixei o amor da minha vida escapar por entre meus dedos e meu filho ficar doente por egoísmo. Eu não vou perder meu pequeno. Estou pagando uma clínica privada para ele, com o dinheiro que recebi da participação de (y/f) na guerra. Vou indo, o médico acabou de me chamar para ver meu bebê."

"O mundo não faz sentido. Pelo ou menos não mais. Quando conheci (y/f), achei que íamos ficar juntos até na morte. Ele foi para a guerra e morreu. E por conta do meu egoísmo, agora aqui estou eu. Bêbada, alguns dias depois do enterro do (n/f). Hilário, não? Para mim, nada mais pode me alegrar, e é por isso que vou me afogar nas bebidas e morrer por alguma causa estúpida. Alguma causa ridícula. Adeus, querido diário."

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