imagine ● Lumenna

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-Lumi... Por favor, espera... -Vilhenna dizia, andando atrás de mim. -Eu juro que eu posso explicar pra você o que aconteceu. -ele disse parando na minha frente. Eu estava chorando.

-E eu juro que se você não sair da minha frente nesse exato momento vai perder mais coisas do que apenas sua mulher e suas filhas. -eu disse chorando e falando alto com ele. Ele ficou me olhando com lagrimas nos olhos por um tempo e depois olhou para o chão, chorando mais forte e alto e saiu da minha frente, eu caminhei com as pernas bambas devido ao choro até a porta. Olho para trás.

-Mando alguém vir buscar as coisas das meninas amanhã de manhã. Eu pego elas na escola. Não quero que você chegue perto delas nunca mais. -eu disse olhando com nojo pra ele.

-Por favor! Por favor... -ele dizia deslizando para o chão encostado na parede. Ele se ajoelhou e cobriu o rosto com as mãos enquanto chorava e soluçava.

-Adeus Vilhenna... -eu disse falando com nojo dele e sai chorando da casa que nós dividíamos. Entrei no carro e sai com tudo pelo portão, ganhei as ruas de SP e fui à alta velocidade para o único lugar onde poderia chorar a vontade sem ser interrompida. Chegando à casa peguei a chave que ficava escondida no vaso na entrada e abri a porta, estava tudo do jeito que eu deixei semana passada.

Esse era meu esconderijo secreto, aquela casa na arvore foi o lugar onde o Vilhenna se declarou pra mim, ao lembrar disso fiquei com ainda mais raiva e nojo dele.

-Ele não podia ter feito isso comigo!- eu disse chorando e me sentando no chão. Nessa manhã quando eu abri meu e-mail achei lá um monte de fotos de Vilhenna saindo de mãos dadas e umas de ele abraçando de um modo diferente uma garota ruiva, na frente de uma boate e a data era do dia em que ele disse que estaria com Teddy, na festa de aniversario de namoro dele com a namorada. Eu fiquei em casa com as meninas, pois Maethe e Gabs estavam passando mal. Quando eu vi aquilo fiquei em choque, ele havia me traído na cara dura. E eu me magoei muito com isso.

Depois de chorar muito vi as horas, estava na hora de buscar as meninas no colégio, peguei as chaves e entrei no carro, dirigi até a escola, estacionei o carro, desci dele e fiquei encostada do lado de fora na porta esperando minhas filhas. Assim que o sinal bateu, eu as vi saindo correndo e vindo ao meu encontro.

-Mamãe, mamãe! -elas gritavam, as duas gêmeas da minha vida. Elas tinham apenas cinco anos e eram muito inteligentes, tinham os cabelos e os olhos de Vilhenna. Elas eram a miniatura versão feminina dele. Elas eram lindas. Mas tinham a minha personalidade e inteligência.

-Oi meus amores. -eu disse me abaixando e abraçando as duas de uma só vez.

-Papai! -elas disseram rindo e depois saíram do meu abraço, correram pra um Vilhenna abaixado com os braços abertos e com cara de choro. Elas o abraçaram e ele ficou assim por um tempo.

-Por que está chorando papai? -Helen perguntou a Vilhena.

-Papai está dodói. -ele disse, forçando um sorriso.

-Ah. -elas disseram ao mesmo tempo.

-Venham amores, vamos passear com a mamãe. -eu disse estendendo as mãos e elas a pegaram sorrindo.

-Vem papai! -Helen estendeu a mãozinha pra Vilhena que a pegou com um sorriso fraco no rosto.

-Helen... Papai não vai poder ir com a gente. Ele tem algumas coisas pra resolver. Não é Vilhenna? -eu disse isso e ele quase começou a chorar de novo.

-Mas não se preocupem, vamos nos divertir muito juntas não vamos? Vamos à casa da tia Giovanna. -eu disse tentando ao máximo sorrir.

-EBA! -elas disseram juntas.

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