01 | Mensagens ame🅰️çadoras

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Um ano se passou desde que Alex Mapeli estava desaparecido. Depois de perder o contato uns com os outros, a vida de Tati, Sam, Nanda e Lucas nunca mais foram a mesma.

Tati se mudou para Toronto, no Canadá, com sua mãe que estava em busca de oportunidades melhores de emprego - o que foi a ocasião perfeita para a filha que desejava estar o mais longe possível de Windenburg. Mas o tempo passou e as coisas só complicaram. Tatiana e sua mãe, Eidy Mendonça, estão se mudando de volta para o seu antigo lar na Pensilvânia.

- Tati... Filha, o que foi? Não tá feliz em estar de volta?

- É que... É estranho estar de volta. Eu ainda penso nele todos os dias...

- Por que não liga para os seus amigos? Eles ainda não devem saber que voltou. - diz ela acariciando o cabelo loiro ondulado da filha.

- Esses jornais só falam do aniversário de desaparecimento do Alex... - murmurou Tati enquanto folheava o Windenburg Day.

- Acho que devia falar com eles... Os cinco eram inseparáveis! E uma amizade como essa não se desfaz em um ano.

Elas são interrompidas quando a campainha começa a tocar. Eidy vai até a porta passando pelos pertences empacotados espalhados pela casa e se depara com um homem bem vestido, forte e alto acompanhado por um rapaz jovem, atraente e tatuado.

- Olá! Eu sou Antony e esse é o meu filho, Matthew. - Eidy o cumprimentou timidamente - Eu sou responsável pelo comitê de boas-vindas à vizinhança...

- Claro! Já estivemos no seu lugar. - disse Eidy com simpatia.

- Na verdade, o que ela quis dizer é que não somos novas moradoras. Acabamos de voltar! - explicou Tati.

- Significa que podemos ir embora? - perguntou Matthew impaciente.

- Ele só está brincando... - falou Antony se desculpando - Precisam de ajuda?

- Seria abuso se eu pedisse pra nos ajudar a desempacotar algumas dessas caixas? - perguntou Eidy.

- Seria! - exclamou Matthew.

- Mas a gente não liga! - ele vira para o filho com um olhar de reprovação - Certo Matt?

Matthew pegou algumas caixas e seguiu Tatiana arrastando os pés subindo as escadas até o quarto dela.

- Pode colocar essas ali. - Tati apontou para o chão ao lado da cama - Olha, você não é obrigado a fazer isso...

- Sua gentileza não vai deixar isso aqui mais leve. Então do que adianta?

Eles ficaram em silêncio de novo e Tati resolveu tentar quebrar o gelo:

- Então... Você mora por aqui?

- Parece óbvio, não?

- Você é muito arrogante... - disse Tati revirando os olhos.

- Nem me conhece! E não tenho culpa da sua pergunta idiota...

- E como vou te conhecer sem perguntar?

- Olha, desculpa. - Matthew suspirou e sentou em um pufe rosa perto da cabeceira da cama levando as mãos no cabelo - Eu só estou estressado... Estou tentando me aproximar mais do meu pai, e ele fica me obrigando a fazer essas... Gentilezas!

- Eu perdi o meu pai. Ele era militar e estava em uma missão. - ela respirou fundo antes de continuar - O resto você já deve imaginar...

- Meus pêsames. - ele tirou um baseado do bolso da calça - Você quer? Eu costumo usar um desses quando estou precisando relaxar um pouco... Aceita?

Pequenos MentirososOnde histórias criam vida. Descubra agora