11 | Toc🅰️ndo a ferida

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Algumas horas depois do acidente, Tatiana Mendonça, Fernanda Monteiro e Lucas Sampaio estavam sentados na sala de espera do Windenburg Memorial Hospital aguardando por notícias sobre o estado de saúde do Sam.

Pietra sentou-se ao lado de Tati que parecia abatida, com olheiras, maquiagem borrada e os olhos inchados de tanto chorar.

- Oi. - cumprimentou Pietra - Eu acabei de chegar. Soube do acidente pelo noticiário da manhã... Você já viu o Sam?

- Eles não deixaram ninguém entrar ainda.

- Você estava lá quando aquele carro atropelou ele, não é? Conseguiu ver quem fez isso?

- Estava muito escuro...

- E você não tem nenhuma ideia de quem possa ter sido?

Tati mordeu o lábio inferior com força balançando a cabeça de forma negativa. Mas provavelmente Sam sabia. E agora estava vivo por um triz. Pietra segurou a mão de Tati e a loira desabou em prantos de novo.

Nanda falava ao telefone com embargo na voz caminhando de um lado para o outro inquieta.

- A mãe do Sam está com um dos médicos agora... Eu tô legal. Estávamos na festa do Mason e fomos encontrar com ele em frente ao Dallas quando rolou... Ele estava inconsciente e não deu pra falar com ele... Estamos esperando. Pode ser que nos deixem entrar... - dizia ela quando viu Sara Stark se aproximar - Ah, te ligo quando eu souber de alguma coisa! Tchau, Fred.

Tati se levantou bruscamente ao ver a mãe do Sam vindo na direção deles e Lucas percebeu o celular dela cair aceso na cadeira com algumas mensagens de texto aberta. A princípio ele pensou que poderiam ser de Matthew, mas eram mensagens de A dando dicas sobre o possível assassino de Alex.

- Mas o que... - arfou Lucas.

- Como ele está, senhora Stark?

- Senhora está no céu, Nanda. O Sam vai ficar bem... Ele quebrou uma perna, e o tornozelo. Também teve ferimentos nas costelas e talvez precisem remover um baço. Afinal, o que houve?!

- O Sam estava atravessando a rua e veio um carro sei lá de onde... - começou Tati enquanto Lucas se distancia cautelosamente indo em direção ao detetive Riven que estava presente no final do corredor.

- Posso falar com você?

- Algum problema, Lucas?

- E-eu... Acho que sei quem matou o Alex.

Riven ergueu uma sobrancelha desconfiado.

- Não é primeira vez que ouço isso vindo de um de vocês...

Lucas respirou fundo.

- Alex e Sam eram muito... competitivos. Eles viviam batendo de frente um com o outro e... Naquela noite, era possível sentir de longe o clima pesado entre eles. Soube que tiveram uma briga feia e, quando acordamos, Sam não estava lá. Apareceu minutos depois que Alex já havia desaparecido.

Riven parecia incrédulo. Lucas prendeu o ar encarando o policial. A havia enviado diversas pistas para Tati sobre o assassino de Alex: que era alguém próximo deles, alguém que perdia a cabeça facilmente, e Lucas não pôde deixar de lembrar quando Samuel partiu pra cima dele no corredor da escola. Com aquelas dicas no devido lugar, e depois que tinha percebido a ausência de Sam naquela noite, Samuel Stark era o suspeito lógico.

- Depois de algum tempo, procuramos por eles. E não estavam em lugar nenhum... Eu tive essa sensação terrível, de que Sam...

Riven sentou-se novamente.

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