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  somin estava chorando no jardim de sua nova escola, apesar de já ter sofrido com isso várias vezes, continuava chorando quando xingavam as suas mamães.

as crianças sempre falavam as coisas baseadas na felicidade da menor, que duas mães não poderiam dar amor o suficiente, que ela sentiria falta de uma figura masculina, que quem tinha um papai e uma mamãe era mais feliz.

aquelas crianças achavam que estavam certas, mas somin sabia que não, se até os seus 7 anos não sentiu falta da figura paterna, porque agora sentiria? era feliz e amada, apesar de sofrer com os olhares dos outros.

o moletom com as cores do arco-íris de somin já estava todo molhado, juntamente com os post-it's grudados nela a pouco tempo, se continuasse assim teria que pedir para estudar em casa.

quando somin pensou sobre ir embora apareceu um menino, provavelmente era um oppa, ele era alto porém tinha traços infantis.

ele se aproximou da menina e ficou a encarando com a cabeça inclinada e um tiranossauro rex na mão, talvez ele não fosse fazer mal a ela.

tomou coragem e perguntou o nome do maior, falando seu nome também.

  —annyeonghaseyo, meu nome é jeon somin e eu tenho 7 anos.

  —annyeonghaseyo, meu nome é kim matthew e eu tenho 8 anos.

somin trocou um olhar com matthew e voltou a encarar-se, percebeu que estava com o joelho ralado.

o menino sentou do lado da mesma, fazendo-a se afastar levemente, e entregou um band-aid para ela.

  —você chorou pelo que eles falaram?– falou matthew, fazendo a menor assentir enquanto colocava o curativo– eles são criados assim, talvez quando crescerem melhorem.

  —sua mamãe não te criou assim?

  —minha mamãe fala que eu tenho que amar as pessoas independente de tudo– matthew brincou com a grama– você é um neném como eu, não merece ser maltratada por suas mamães se amarem.

  —obrigada– falou enquanto abaixava a cabeça, envergonhada.

  —aqui– esticou a mão com o seu dinossauro– essa é minha melhor pelúcia, quero que fique com ela.

  —é seu bichinho, eu não posso.

  —agora é seu, quero que fique, o nome dele é rex– colocou na mão da mais nova, já que a mesma insistia em mão pega-lo– abrace quando estiver triste, e não ligue para essas pessoas, eu vou sempre estar aqui.