Capitulo 2

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Enquanto eu dirigia para a casa da Dionísio, estava contente por ser a casa em que ela morava. Eu não sabia muito sobre ela, muito menos, que eu estava aponto de tomar a casa dela.

Quando parei na frente da sua casa, tinha um grande terreno, era bem localizado, mas a casa estava em condições deploráveis. Estaciono mais à frente da casa, estava com um boné, assim não reparariam em mim.

Quando estou na calçada, em frente à sua casa, vejo um casal se beijando. Não demora muito para percebe quem era, a moça de cabelos escuros estava beijando um rapaz alto e magro. Sua camisa regata, revela inúmeras tatuagens.

Limpei a garganta, interrompendo o casal jovem. Pensei na minha própria adolescência, no meu namoro com Maya, de como eu era absolutamente apaixonado e como nos divertíamos. Lógico que nunca fiquei agarrado com ela, na frente de todos e no meio da rua. Aliás, seu pai era xerife naquela época e eu corria risco de vida, só de namora-la, imagina agarra-lá na porta de sua casa.

— Aqui é a casa de Demétrio Nunes? — perguntei.

— Ora, se não é nosso querido prefeito corrupto? Se divertindo a nossas custas? — o namorado da moça, puxou sua mão da calça dela e os chupou. Isso definitivamente não era apropriado, tentei na prestar atenção. Mas estava chateado pela moça ter um namorado, eu que a achei tão bela e misteriosa. Apesar de ser muito nova para mim.

— Eu fiz uma pergunta, moleque. — Avanço alguns passo, com pouca paciência pra aqueles que zoavam de mim. — Ele está ou não?

— Papai lá dentro. — Eu não podia imaginar voz mais doce que estava sem capuz, podia ver seu rosto, avermelhado de vergonha. Acenei para eles e segui para dentro da casa.

Bati levemente na porta aberta, avisando a minha chegada.

— Prefeito? — ambos os homens, sentado no gasto sofá marrom.

— Senhor Nunes, não venho aqui como o prefeito e sim como donos destas terras. — Dei alguns passos, podia sentir o forte cheiro de álcool, que embrulhou meu estômago. Eu não bebia, na verdade, tinha aversão a bebidas.

— Não entendo, pagamos o aluguel deste mês.

— Sim, mas precisaremos que o senhor sai do terreno, tem 3 meses. Minha família decidiu fazer um hotel.

— Por favor, só...

— Infelizmente não há o que fazer, isso está além de mim. Como não queremos que vocês sejam prejudicados, lhe daremos uma casa.

— Não. — O homem gritou, quase aos prantos. — Minha filha cresceu aqui, minha esposa a criou aqui, não deixarei que destrua nossas lembranças.

— Não há muitas escolhas, seu contrato vencerá em seis meses, você tem a chance de aceitar minha proposta, ficar com outra casa ou podemos esperar até o contrato acabar, então terei vocês fora daqui e está velha casa derrubada. — eu sabia que estava sendo duro, mas eu não podia pegar leve, papai estava me cobrando e fazer esse hotel, me renderia mais tempo aqui, em San Rafael. Esse era o tempo que tinha para limpar meu nome, pois se não fosse recandidatado, eu teria que ir a Washington, voltar a viver sobre as rédeas de meu pai. Pode parecer que é um pensamento de um adolescente, mas quando se é filho de alguém importante, todos acreditam que sua vida está destinada há grande coisas, inclusive ser um político famoso e não um de cidade pequena.

Sabia que meu pai poderia fazer esse escândalo desaparecer, assim eu poderia começar minha vida novamente, até porque San Rafael não é nada comparado a outras cidades, porém eu amava este lugar.

Senhor Corrupto - 2º - Série Senhores - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora