Cap. 02

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  Um friu que não me incomoda muito. Não consigo enchergar nada. Tudo esta escuro e vazio, exeto por um par de olhos azul brilhante feito safiras me encarando. Fico curiosa para saber se conhecia aqueles olhos de algum lugar, porem jamais havia presenciado algo tão intenso. Ate tento ver o restante do rosto, mas não consigo. A cada passo que dou para me aproximar, as safiras se destanciam como imas de lados iguais. O som calmo de um piano ecua pelo lugar. Posso sentir meus pelos se eriçando com aquela musica, fecho os olhos e sinto como se um calor estivesse querendo domar meu corpo e quando finalmente abro os olhos....

  Quando abro meus olhos posso notar que estou em meu quarto. Parecia tão real, mas não passou de um sonho. Ja fazia um bom tempo que meus sonhos não passavam de uma simples escuridão. Aquele fogo que senti , ainda estava presente, entretanto um pouco mais fraco. Ainda sonolenta viro-me para a parede e percebo que esta sensação é quente de mais, não posso senti-la. Sou o gelo e o fogo não irá me dominar. Lavanto-me e noto que ainda era madrugada. O sono havia sumido e aqueles olhos não saiam de minha mente.  Estranho demais, qual o intuito deste sonho ? Haveria algum significado ? Nada em minha vida tem um real sigificado, então provavel que este sonho tambem não teria. Pego o velho caderno de desenho, meu companheiro dos ultimos anos. Lembrando de cada detalhe daqueles olhos, vou transferindo para o papel. O fundo ficou vazio e escuro como o lugar aonde estavamos. Eu podia ouvir o piano tocando livremente, com sentimento. 

'" Coração de gelo Maddie Collins, coração de gelo. " 

Minha mente me desperta novamente daquele tranze estranho. Nada mudou, esse sonho foi só uma coisa louca que minha mente inventou para me atormentar. Algo sem sentido, sem proposito. Fecho o caderno e o largo de qualquer maneira sobre o criado mudo. Terei somente mais dois dias. Fico imaginando como sera a adaptação na casa do meu pai, se é que posso chama-lo assim. Ele não merece nem um pouco de atenção, então apenas trocarei palavras extremamente necessarias e veja lá se trocarei essas também. Mesmo tentando não se importar com essa historia toda da mudança, o odio por ele me enlouquecia. A solução é esquecer o passado e tornar o presente vazio o suficiente para evitar ter que esquece-lo no futuro. Meus olhos começam a pesar e eu acabo por adormecer ainda com o piano me atormentando.

[...]

 O restante da noite foi o mesmo vazio de sempre. Por mais que aqueles olhos não quisessem me deixar em paz, tentei ao maximo esquece-los. Ja estava quase tudo arrumado. Não tenho muita coisa. Resolvi dar uma volta pela cidade, ver os lugares que custumava frequentar com minha familia e meus amigos na infância. Desde que minha mãe descobriu o câncer eu passei a ficar em casa e apos terminar os estudos meu tempo ficou totalmente para cuidar dela. Eu sonhava em ter qualquer tipo de ligação com a Arte. Desde a musica as artes plasticas, porem  o unico que ainda preservo são os desenhos. Meu pai e eu eramos muito ligados e de um dia para o outro ele saiu para "trabalhar" e nunca mais voltou.  Sento-me em um baco na praça. A brisa fria soprava meus longos cabelos castanhos. Observo algumas crianças brincarem no parque. Meus pensamentos me levaram a tempos passados e eu fazia-me a pergunta jamais respondida. Porque ele nos abandonou ? Porque ele ME abandonou ?? O odio por ele aumentava, como pode alguem esquecer a propria filha ? Ele nunca me amou. Não tenho minha mãe, porem sei que ela morreu me amando, mas ser rejeitada pelo pai era doloroso. 

 Volto a andar pelas ruas sem rumo e por pura conhecidencia paro em frente a minha antiga casa. Eu sempre pensei que a casa pertencia a minha mãe, mas depois de tudo descobri que na verdade é do meu pai. A casa estava com um aspecto de abandono. Não havia sinal de que algume pudesse residir. Me aproximo da porta de madeira velha e bato uma, duas, tres vezes e nem um sinal. Por curiosidde, giro a massaneta e  porta estava trancada. Me lembro que sempre escondia uma chave reserva em uma boraco na caixa de correio. Havia mesmo uma chave la, então a peguei e abri. Seria como uma invasão ? Não, não ha ninguem aqui e essa casa tambem me pertence; Adentrei a pequena casa. Os moveis ainda estavam la, nos mesmos lugares, apenas cobertos por panos brancos. Fiquei um tempo na sala, mas vou ate a escada empoeirada e subo em direção ao meu antigo quarto. Lembranças me consumiam e tudo aquilo me doia tanto que sinto como se meus pulmões estivessem precisando de ar. As lagrimas desciam cada vez mais descontroladas. Um grito se formou em minha garganta. Uma dor muito forte fazia com que meu coração parecesse menor e o odio pelo meu pai so aumentava.

-POR QUE ELE FEZ ISSO ?? A CULPA É TODA DELE. MINHA MÃE SERIA MAIS FELIZ, EU SERIA MAIS FELIZ.. AAAHHHHHHHHHHH- Grito deixando toda a raiva sair do meu corpo. Me jogo no chão sujo chorando descontroladamente e me encolho para tentar fazer aquila dor parar, mas era em vão.

  Minha vida se desmoronou assim que ele se foi, então a culpa é mesmo dele. Não podia pasar nem mais um minuto naquele lugar. Corri escada a baixo, tranquei a porta novamente, guardei a chave em meu bolso e corri feito uma louca de volta para a casa.

 Por sorte a casa estava vazia. Corri para meu quarto e me afundei no traveseiro. Eu havia perdido a noção do tempo e ficado fora ate o anoitecer. A dor ainda me consome por completo e eu ja não estava mais conseguindo levar essa mudança a sangue frio. Ele um dia vai pagar por ser o motivo da minha infelicidade.

NA: Oii :) 

Mais um cap postado e espero que vocês gostem..

 Agradeço a Annie pelas dicas ( teee amooo gata <3 ) e a Gabbe, a Potato, a Bremaa, Breh e a todas que me apoiam ^^ 

xxPaloma

Heart Of Ice / L.TOnde histórias criam vida. Descubra agora