Eu, grávida? (CONCLUÍDO)

CaPiTuLo 03

Depois de tomar meu café, penteei o cabelo fazendo um coque bagunçado.

Vesti um casaco do Tiago pra esconder os chupões miseráveis que abitava meu corpo.

— Vamos —  me chama encostado no batente da porta

— E o sangue no lençol?

— Depois a empregada tira — assenti

Ele segurou em minha mão e me guio por um corredor que tinha umas seis portas fora a do quarto dele.

Aí eu me pergunto como eu estou me sentindo depois de ter perdido a virgindade? Nada, absolutamente nada. Quando eu sonhava como eu iria perder virgindade eu pensei que sentiria coisas diferentes como os adultos costumam dizer, mas não, só senti dor.

Adentramos a copa, meu coração parou e minha pernas ficam banbas ao ver duas pessoas sentadas tomando café da manhã na grande mesa, eram os pais do Tiago.

Olhei para Tiago em sinal de nervoso e ele apertou minha mão me encorajando. Eles pararam de conversar e olharam fixadamente para nós dois que estávamos parados na entrada da copa.

Tiago me arrastou até eles e sentou a mesa.

— Bom dia família que tanto amo!

A mãe e o pai de Tiago me examina dos pés à cabeça enquanto tentáva andar até uma cadeira.

Aff, odeio quando eu sou o centro das atenções, nunca faço o que quero e acabo pagando mico, isso me irrita muito.

— Bom dia filho! — ela diz formalmente e da um sorriso elegante— Quem é a moça?

Ela me olha e vejo nojo em seus olhos verdes. Abaixo minha cabeça olhando pro meus dedos.

— É a Aline — passa o braço sobre meu ombro e me dá um beijo na bochecha — Aline essa é minha mãe Alnice e meu pai Carlos — Tiago apresenta me fazendo olhar para eles

— Prazer — digo tímida

— O prazer é todo meu minha querida — diz falsamente enquanto bebia seu café

— Carlos, prazer

Sinto que os pais de Tiago me odiaram.

— Quantos anos, Aline? — pergunta Carlos comendo algo que não identifico

Eu sou o tipo de menina que tem uma idade mais aparenta outra por conta do corpo e altura, eu amo ser assim por que as vezes eu falava que tinha quize pros Boys do terceiro ano que odeiam meninas muito nova.

— Ela tem dezesseis anos — Tiago fala

— É — digo tímida com um sorriso sem graça

— Boa idade. Ainda lembro dos meus tempos de rapaz — diz Carlos

— Seus pais sabem que você dormiu aqui, Aline?

A jararaca da Alnice pergunta tentando me constranger.

— Érr... — as palavras somem da minha mente

— Lógico que sabem — responde Tiago de novo e olha seu relógio de pulso — família vou vazar, só chego mais tarde.

Tiago se levanta e eu também

— mais já? vocês nem tomaram café

— É mãe, tenho faculdade.

— Foi um prazer conhecer vocês — digo sorridente não por ser verdade, e sim por que já estava indo embora.

—O prazer foi nosso florsinha — Alnice se levanta da cadeira.

Alnice aparentava ter uns 42 ou 43 anos, loira, seu cabelo batia na altura do ombro com bebilys, olhos verdes, magra que parecia modelo, alta, e botox no rosto que era bastante notável. Não era feia mais também não era bonita.

Tenho impressão que conheço essa mulher de algum lugar.

(...)

Entrei correndo na casa de Bianca e ela nem a mãe estavam em casa. Vesti minha calça jeans, minha blusa do colégio, meu all Star, minha mochila e sai.

7:41

Tiago me trouxe até o colégio mas o mesmo não tinha entrado, então aproveitamos e ficamos namorando no carro.

— Você não disse que seus pais tinha viajado? —  pergunto quase sem fôlego após o beijo

— Eu não sabia que eles iriam chegar cedo — Tiago encara minha boca com um sorriso de lado mais lindo que já vi —  mas ho, fica de boa que eles são assim mesmo. Nunca gostaram de nenhuma namorada minha.

Oi? Ele está falando que sou
N A M O R A D A dele? Ahhhhhhhhhhhh

Montei no colo dele no banco de motorista iniciando um beijo calmo com direito a modiscada de leve. Tiago passa a mão pela minha bunda e sobe pela minha cintura onde aperta meu corpo contra o seu, e a outra mão ele segura meu cabelo da nuca .

—Não sei como não registraram você ainda como princesa da Disney —  nós paramos o Beijo por conta de falta de ar — Você é linda, sabia? — ele me da um selinho.

Sinto minha bochecha arder de vergonha.

Ele coloca uma mecha atrás da minha orelha e começa a fazer carinho em minha bochecha.

— O que tu achou de ontem, quer dizer hoje?

— Legal

— Legal como? Legal mais ou menos ou legal bom?

— Legal bom — dou um sorriso tímido — Sabe eu pensei que iria sentir coisas diferentes — ele faz uma careta sem intender.

— Você quer dizer do prazer...?

— É. Mas não quer dizer que não gostei, pelo contrário eu adorei.

— Não seja por isso, agente tenta até você sentir.

Ele me puxa de encontro a sua boca fazendo nossas línguas brincarem .

Ficamos ali nos beijando intensamente até que uma alma chamada Bianca bate no vidro do carro.

— Aff, vocês não cansam não? Já passaram a noite juntos ainda fica nessa melação! — fala assim que Tiago abre a janela

— Bom dia pra você também cunhada

— Não me chama assim que odeio.

— Mentira. Fala assim mais se derrete por dentro.

— Cala a boca Aline, e anda que o colégio já entrou.

— Tchau princesa — Tiago me da um selinho — Acho que esses dias nós não nos veremos.

— Por que? — pergunto com cara de cachorro com fome

— Faculdade puxanda. Mas assim que der eu te ligo.

— Tá —  dou o último beijo e vejo a Bianca revirar o olho