CaPiTuLo 36

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-Vou furar minha orelha. Tu não quer furar a tua também não? - Dandara me perguntou enquanto nós íamos ao salão onde ela ia furar a orelha.

-Bem que eu queria mas minha mãe iria me matar.

-Minha mãe também vai mas eu não tô nem aí - sorrir

-Como anda os estudos?

-Bem, tô fazendo um curso de manicuri junto com o colégio, e depois que eu terminar esse curso vou trabalhar em um salão daqui.

-Que bom. Já eu tô me desdobrando em mil por conta do Kauê e o colégio.

-Complicado - falou já entrando em uma casinha que parecia uma barbearia que estava vazia - Hô Jonh! Eu vim furar minha orelha! E trouxe uma cliente também! - ela sentou

- Eu não vou furar Dandara - falei sentando em uma cadeira que tinha ali

O tal do Jonh era magro, negro e alto e seu cabelo cortado baixo com listras do lado. Ele olhou pra mim e sorriu balançando a cabeça negativamente.

-Vem, senta aqui - Dandara foi até a cadeira alta em frente ao espelho - Quer que eu fure Onde?

-Quero dois furos na cartilagem e um no umbigo

[...]

A Dandara já tinha terminado a sessão dela.

-E você patricinha? Não vai furar nada não?

-Vai amiga, nem doi

Eu queria muito furar mas quando eu chegasse em casa minha mãe iria me matar.

-Vai amiga

Descidi que iria furar, eu já tinha feito tanta merda que mais uma não iria fazer diferença.

-Quero furar meu umbigo - falei pro Jonh

Deitei na maca que tinha lá e ele passou álcool antes de furar e depois só pude sentir a dor. Era uma dor insuportável. Abri meu olhos e ele já tinha botado meu pincing, mas ainda saiu um pouco de sangue.

Fomos pra casa da Dandara almoçar e a mãe da Dandara quando viu todos aqueles pincing quase morreu, acho que só não bateu porque eu estava ali.

Já era quase seis da tarde.

Eu, Dandara e Marcela já estávamos indo pro baile. Várias pessoas olhavam pra gente e elas não pareciam se importar.

Quando chegamos na quadra não tinha quase ninguém, mas o paredão estava altíssimo.

Nós fomos até o "barzinho" e lá eu peguei um copo de tequila. Quando dei o primeiro gole ele desceu queimando.

[...]

Olhei no meu celular e já era onze da noite. Pense em uma quadra lotada de gente.

Eu já estava zonza mas mesmo assim não parava de dançar, estava fazendo quadradinho no meio da quadra descendo até o chão. Algumas mão já tinha sido passada pela minha bunda mas o efeito do álcool não deixou eu discutir.

-Iai novinha - uma voz grossa falou no meu ouvido - Te vi do camarote e queria ficar com você. Será que rola?

Quando eu me virei vi o homem que eu tinha visto mais cedo, o tal do Lipe.

Nem esperei por nada e tomei sua boca, vi que o mesmo ficou um pouco surpreso mas retribuiu o beijo passando a mão pela minha cintura e apertou minha bunda bunda. Ele teve que se curvar por ele ser muito alto. Passei minha mão pelo seu pescoço e a outra pela sua nuca trazendo mais pra mim. Ele beijava supeerr bem, o beijo dele era melhor do que o do João e Tiago junto, era uma delícia. Paramos o beijo pela falta de ar e o Lipe deu vários beijos pelo meu pescoço.

-Será que só o beijo que é bom? - Ele perguntou no meu ouvido me provocando

-Não custa nada experimentar né - respondi sua provocação mordendo o lábio.

O Lipe pegou a minha mão e me puxou pra fora da quadra. Quando saímos da multidão ele passou o braço pela minha cintura e fomos andando até que escuto alguém chamar meu nome.

-Onde vai - perguntou com uma cara não muito feliz

-Vou ali e já volto - falei saindo

-Traíra!! - escutei a Dandara gritar de longe mas não dei importância

Só sei que eu ia terminar minha noite do melhor jeito.

Eu, grávida? (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora