SANTA MONJA BENEDITINA E DOUTORA DA IGREJA

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Nasceu no Condado de Spanhein, Diocese de Maicus, no ano de 1098, de pais nobres e virtuosos.
Com a idade de oito anos, foi levada ao Mosteiro de Disimberg, ou do monte de Santo Disibode, e colocada sob a direção da bem-aventurada Jutta Hurclitt, irmã do conde de Spanhein.

Dos 8 anos aos 15, viu sobrenaturalmente muitas coisas, das quais falava com simplicidade com suas companheiras, que ficavam maravilhadas, assim como todos que disso tiveram conhecimento.
Indagavam qual poderia ser a origem das visões.
A própria Hildegarda observou surpresa, enquanto via interiormente na sua alma, ao mesmo tempo enxergava as coisas exteriores com os olhos do corpo como de costume, o que jamais ouvira dizer houvesse acontecido a qualquer outra pessoa.

Desde então, presa de temor, não ousou mais entreter-se com pessoa alguma sobre sua luz interior.

Contudo, acontecia nas suas conversas referir-se a coisas ainda por suceder, e que pareciam estranhas aos ouvintes.
Esse estado de intuição sobrenatural perdurou durante toda a vida.

Tinha 40 anos quando ouviu uma voz do Céu ordenar-lhe que escrevesse tudo quanto visse.
Resistiu durante muito tempo, não por obstinação, mas por humildade e desconfiança.

Aos 42 anos viu o Céu abrir-se e uma chama muito luminosa penetrou-lhe na cabeça, no coração, em todo seu peito sem queimá-la, mas aquecendo-a suavemente

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Aos 42 anos viu o Céu abrir-se e uma chama muito luminosa penetrou-lhe na cabeça, no coração, em todo seu peito sem queimá-la, mas aquecendo-a suavemente.

No mesmo momento, recebeu inteligência dos Salmos, dos Evangelhos e dos outros livros do Antigo e do Novo Testamento, de maneira a poder explicar-lhes o sentido, embora não conseguisse explicar gramaticalmente as palavras, pois não conhecia latim nem a gramática.

Como perseverasse e recusasse a escrever, mais por temor do que por desobediência, caiu doente.
Enfim, confiou sua preocupação a um religioso, seu diretor, e por intermédio dele, enviou-os à Congregação.

Depois de aconselhar-se com os membros mais sábios da comunidade, e de interrogar Hildegarda, o Prior ordenou-lhe que escrevesse, o que ela fez pela primeira vez.
Imediatamente se viu curada e levantou-se da cama.

Essa cura pareceu tão milagrosa ao prior, que não quis confiar apenas no seu critério.
Foi contar o que sabia ao Arcebispo e às mais altas figuras do clero, e mostrou-lhes os escritos de Hildegarda.
Isso deu motivo a que o Arcebispo consultasse o próprio Papa.

Desejando Eugênio III ficar a par daquele prodígio, enviou ao mosteiro de Hildegarda, Alberon, Bispo de Verdum.
Hildegarda respondeu com muita singeleza às perguntas que lhe foram feitas.

Tendo o Bispo apresentado seu relatório, o papa mandou que lhe trouxesse os escritos de Hildegarda, e tomando-os nas mãos, leu-os em voz alta na presença do Arcebispo, dos Cardeais e de todo o clero.

Também contou tudo quanto fora relatado pelos emissários, por ele enviados, e todos os assistentes renderam graças a Deus.

São Bernardo estava presente e também deu testemunho do que sabia sobre a santa mulher, que ele visitara quando estivera em Granfort, e escreveu que a felicitara pela graça por ela recebida, exortando-a a permanecer fiel à mesma, pediu pois ao papa, no que foi secundado por todos os presentes, que divulgasse tão grande graça concedida por Deus à Igreja no seu pontificado, e a confirmasse com sua autoridade.

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