Santa Catarina de Gênova - Visões Parte I

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( 1ª parte ) (Com aprovação eclesiástica)

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( 1ª parte )
(Com aprovação eclesiástica)

1. Apresentação

Catarian Fieschi, chamada o Serafim de Gênova e a santa do puro amor, nasceu na primavera de 1.447. Desejava, ainda adolescente, ingressar na vida religiosa consagrada, mas as imposições sociais e familiares prevaleceram e ela casou-se com Juliano Adorno.

Foram cinco anos de abandono, decepções e sofrimento.
Por estranha reação decidiu lançar-se nas frivolidades da vida.
Diz seu biógrafo:
"Para compensar as tribulações que lhe causava o marido e para diminuir tantos afãs, Catarina entregou-se aos prazeres e às vaidades do mundo e neles se comprazia".
Assim, viveu cinco anos.

Aos vinte e seis anos, triste e abatida, não sabia o que fazer.
Foi então que Deus irrompeu em sua alma com torrentes de graças que a fizeram exclamar:
"Não mais o mundo!
Não mais pecados!
Ó Amor, não mais pecados".
O fogo do amor transformou rapidamente aquele coração generoso.
Arrebatada por atração divina, disse:
Oh! amor, eu não posso compreender que tenha de amar outra coisa fora de Ti...
- Este amor causa tanta alegria que qualquer outra alegria, em comparação, é tristeza.

Catarina viveu o amor e ensinou o amor.
Dela afirma São Francisco de Salles:
"Santa Catarina é mestra na ciência do Amor" e São Luiz Gonzaga:
"As chamas que reverberaram do incêndio de amor de Santa Catarina abrasaram minha alma".
Consumida pelo amor Catarina foi ao encontro definitivo com Deus aos 15 de setembro de 1510.
Tinha 63 anos.

O TRATADO DO PURGATÓRIO é fruto de suas experiências místicas de 1501.
Tais experiências são o paradigma do Purgatório.
O leitor não estranhe se no TRATADO encontre colocações que pareçam discordar do que há lido sobre o Purgatório, pois, como dissemos o TRATADO resulta de experiências da Santa.
Isto não exclui outros modos de ver aquela realidade.

A doutrina de Santa Catarina a respeito do Purgatório pode ser resumida em alguns pontos-chave que apresentamos para facilitar a compreensão do TRATADO.

Amor-egoismo - O amor é Deus e o egoísmo é o pecado.
O amor é felicidade e merece prêmio. O pecado é infelicidade e merece castigo eterno no inferno ou provisório no Purgatório.

Vida-Morte - O homem é protagonista de sua história, define seu destino tanto para o bem como para o mal.
A morte fixa-o definitivamente conforme sua escolha.

Dinâmica da graça e do pecado:
A graça tende a assemelhar-nos a Deus.
O pecado tende a separar-nos de Deus levando à auto destruição.

Fim da graça: O Paraíso.
Fim do pecado: O inferno

A santidade de Deus:
Ela não admite manchas.
A alma com a menor imperfeição, afasta-se da presença de Deus por uma intrínseca repugnância entre o pecado e a graça, a fealdade e a beleza.

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