Gabriela

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Pela manhã...

Alice
Acordei muito cedo, fui ao banheiro e depois fui ver as crianças. O Pedro dormia lindamente, o cobri dei um beijinho nele e fui para o quarto das meninas. As duas dormiam esparramadas na cama,ri porque dormem como eu, notei que Gabriela estava suada e descobri ela um pouco, dei um beijinho em cada uma e voltei a deitar, olhei para o relógio e eram 6h07 da manhã...- AFF,perder o sono no domingo não dá...- penso.
Me cobri e fiquei quieta para não acordar o Lucas, fiquei observando ele dormir e pensando na vida, quando percebo a porta do quarto abrir e a Gabi vir até mim choramingando.
- Que foi filha?

Gabi - Colo mamãe.

Alice
A peguei no colo e achei ela quente, procurei um termômetro na gaveta da mesinha de cabeceira e fui para a sala de tv com ela. Coloquei no I Carly que ela gosta, mas ela não deu a mínima, o termômetro marcou 39° graus, fiquei muito preocupada.- Será que ela passou a noite assim?- penso. Eu passei lá no quarto delas e não percebi...como não notei?- me perguntava.- Lucas!! Amor acorda!

Lucas - Hum?

Alice - Amor?- chamei mais alto com a Gabi no meu colo.

Lucas - Que foi amor?- falo sentando na cama.

Alice - Levanta, a Gabi tá com febre.- ele deu um pulo da cama.

Lucas - Febre? - me preocupo.

Alice - É, eu fui ver elas mais cedo e vi que ela estava suada, mas achei que fosse calor. Depois ela veio aqui no quarto e pediu colo, achei ela quente quando a peguei, ela tá com 39° de temperatura.

Lucas - Quer vir com o papai filha?

Gabi - Eu quelo a mamãe.- falo abraçadinha na mamãe.

Lucas - Vamos levar ela no pediatra, eu vou me arrumar.

Alice - Tá, vou dar um antitermico para ela, pegar a Bia e o Pedro.- como hoje é domingo a Lelê não estava para ficar com eles. O Lucas ligou para a Karina e seu Paulo, eles ficariam com as crianças para nós.
Eram 7h30 da manhã quando saímos de casa e deixamos as crianças nos meus sogros. Logo seguimos para a clínica, Gabi começou a chorar e o Lucas teve que parar o carro para eu ir para o banco de trás com ela, ela queria ficar comigo. Ver ela assim me cortou o coração, ela não para quieta nunca, mas está tão quietinha, chorosa e abatidinha.

Na clínica

Gabi - Mamãe, quelo mamá.

Alice - Lucas, eu não trouxe! Saímos tão depressa que eu só peguei nossos documentos.

Lucas - Cê quer iogurte filha?- ela fez sinal positivo com a cabecinha.- Tem um mercado aqui na frente, vou ali e já volto.

Alice - Tá bom!- ele me beijou e saiu ligeiro, a Gabi continuava agarradinha em mim e às vezes chorava um pouco.- Aí filha, que mãe desnaturada. Eu fiquei tão apavorada que esqueci até seu mamá.- a beijei.
O Lucas voltou com 2 iogurtes, água mineral e um pacote de pão de mel que ela adora. Ela tomou os dois iogurtes, deu duas mordidinhas no pão de mel e começou a chorar, quando consegui acalmá-la fomos chamados.

Dra. Rosa - Gabriela Klier de Oliveira

Alice
Entramos com a Gabi, falei para a doutora o que havia acontecido e ela examinou a Gabi, a temperatura dela tinha baixado um pouco, estava. Ela fez birra, chorou, esperneou, mas é compreensível, ela está ruinzinha e tem uma pessoa que ela não conhece mexendo nela.

Dra. Rosa - Bom pelo que vi é garganta, está bem inflamada. Eu vou recomendar uma injeção de Benzetacil, é dolorida, mas age mais rápido que outros antibióticos e paracetamol para febre ou se ela se queixar de dor, dêem muito líquido para ela. Ela vai ficar enjoadinha uns dois dias, mas vai melhorar. Passem na enfermaria para fazer a injeção.- disse entregando o prontuário e a receita médica.

Alice - Obrigada!!

Lucas - Obrigado, bom dia!- saímos procurando a enfermaria.

Alice - Lucas, eu não vou conseguir, não tenho coragem!!

Lucas - Tá calma, deixa comigo! Vem com o papai filha.- peguei ela no colo, entreguei o prontuário para a enfermeira que me explicou como devia segurá-la e em seguida aplicou a injeção.

Alice
Eles nem tinham entrado na enfermaria e eu já estava quase morrendo, quando ouvi os gritos da Gabi, não aguentei e chorei também.

Gabi - Não! Não! Não! Eu quelo a minha mamãe.- chorava muito.

Lucas - Tá bom meu amor, já passou. Vamos lá na mamãe?- ela chorou bastante.

Enfermeira - Oh, as meninas corajosas ganham um balão.

Lucas - Olha filha que legal um balão.- ela pegou o balão aos soluços, mas foi se acalmando.

Gabi - Quelo a mamãe.

Lucas
Quando saí lá fora parecia que quem tinha tomado a injeção era a Alice. A Gabi se jogou no colo dela.

Alice - Oh meu amor!!!- a abracei.

Gabi - Ba-balão mamãe.

Alice - Que lindo, meu amor.

Lucas - Diz pra mamãe, que você foi corajosa e por isso ganhou balão.

Gabi - Pa-papai, lá no dodói.- apontou com o dedinho para a sala de enfermagem.

Lucas - Agora ela vai me odiar pelo resto da vida.- falo triste.

Alice - Desculpa amor, eu fiquei muito nervosa, e n..

Lucas - Não foi culpa sua.- a beijei.- Não foi por mal filha, é pra você ficar boa logo, tá bom.

Gabi - Lá não, não papai.- apontou novamente.

Lucas - Não, lá não! Dá um beijinho no papai.- ela me beijou, acho que me perdoou.

Que sorte a nossa...Onde histórias criam vida. Descubra agora