Que sorte a nossa...

Vc é td o que eu preciso...

Lucas
Chegando no HPS eu não pude fazer nada a não ser esperar.
A minha mãe chegou um tempo depois com o Leandro e os tios dela, muito abatidos e a falta de notícias só piorava a situação.

Eder - Sinto muito pelo  ocorrido. Nós recuperamos o seu dinheiro.

Paulo - Será que a gente pode ver isso depois?

Eder - Claro, como quiser.

Paulo - E os bandidos?

Eder - A mulher faleceu no local do acidente, ela foi arremessada do carro e o homem chegou a ser socorrido com vida, mas faleceu a caminho do hospital. Eles estavam sem cinto.

Lucas
Ouvi tudo aquilo sem dar a mínima importância, o dinheiro e os bandidos eram o que menos me importava. Eu queria a Alice viva e bem,eu queria saber dela e ver ela.

4 hrs depois...

Dr - Familiar de Alice Klier?- todos levantaram.- Quem é o responsável pela paciente?- perguntei ao ver muitas pessoas ao meu redor.

João - Eu! Sou tio e tutor dela.

Dr - Ok! A paciente vai se recuperar bem, ela bateu a cabeça, mas não sofreu nenhum trauma grave, só algumas escoriações e uns hematomas.- todos ouviam em silêncio tudo o que eu dizia.- Infelizmente ela perdeu o bebê, tentei tudo que pude, mas ela já chegou aqui com um sangramento importante.

Lucas - Como...como assim? - pergunto atordoado.

Dr - Ela estava grávida, pelo tamanho do embrião que foi expelido era bem de início, no máximo 6 semanas. Eu sinto muito!

Lucas 
Eu estava feliz e triste ao mesmo tempo, ela estava bem... não consegui conter as lágrimas, eu não me conformava com tudo o que estava acontecendo.
Senti que todos tinham o mesmo sentimento,alegres por ela estar bem e tristes pela perda do bebê que nem sabíamos que existia até aquele momento.

João - Quando podemos ir vê- la?

Dr - Ela ainda está desacordada e se recuperando,ela vai ficar em observação essa noite. Não poderá receber visitas.

Isa- Mas eu sou mãe dela, eu a criei!

Dr - Senhora acalme-se, vou ver se consigo uma permissão.

Lucas
Dona Isabel conseguiu uma permissão e entrou para ver Alice, ela ficou por 5 minutos e saiu de lá aos prantos. Eu estava destruído e queria vê-la também, mas não consegui a permissão.
Chorei muito, era difícil digerir tudo o que aconteceu, os meus pais e o Leandro faziam de tudo para me acalmar.

Paulo - Sei que você está sofrendo muito filho, mas pensa que ela está bem.- tento argumentar.

Karina - É meu anjo! Você precisa estar bem. Como vai vê-la desse jeito? Tem que passar força e segurança para ela.

Paulo - Sua mãe tem razão filho!- o estado do Lucas era de dar pena.

Leandro - Oh, toma um pouco de água.

Lucas
Meus pais tinham razão, precisava estar bem para cuidar dela. Tomei a água e tentei me acalmar.

Karina - Vocês são muito jovens, vão superar isso e terão mais filhos.- falei abraçando ele que já não chorava tanto, mas ainda soluçava.

João - Sinto muito Lucas!- falo triste abraçando-o em seguida.

Lucas - Quando eu vou poder ver ela?

João - O doutor disse para a Isa que amanhã ela vai para o quarto. Daí poderá receber visitas.
Vamos para o haras, não vamos poder ver ela hoje, amanhã voltamos cedo para cá.

Lucas
A minha noite foi horrível, aliás as últimas 48 horas foram horríveis para mim. A espera era insuportável e passava um filme na minha cabeça, desde quando a conheci.
Só pensava no medo que tive de perdê-la, no quanto a amava e no nosso bebê...
Tomei um banho, deitei mas não consegui dormir, as horas não passavam e eu olhava as fotos que tirei dela no meu celular, as nossas conversas no whats que ainda tenho todas.
Levantei ainda nem eram bem 6 horas, mas eu já estava em pé, me preparando para ir para o HPS.

Karina - Oi filho, cê quer um cafezinho?

Lucas - Bom dia mãe! Não Obrigado!
- ela me olhava com dó.- Tá bom, me dá o café.- ela se alegrou.
Tomei o café tão rápido que nem senti o gosto direito.

Karina - Dirige com cuidado! Dá um beijo na Alice.- o estado do meu filho era de dar pena.

Lucas - Tá bom, pode deixar mãe! Te amo!- dei um selinho nela e saí.

Karina - Te amo muito!