Prólogo

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Correndo com o coração na mão, vou em cada porta e janelas dessa casa para garantir que estão fechadas devidamente, tudo isso por uma mensagem que até agora considero terrivelmente assustadora.

"- como vai Ellie? Não devia estar dormindo a essa hora?"

" - quem é?"

A pessoa visualizou, mas não me respondeu, e foi ai que fiquei realmente assustada, corri até a minha janela e observei a rua, totalmente deserta, nenhum sinal de movimento

Ouvi um barulho na sala de estar, e cuidadosamente desci as escadas e olhei atentamente para cada canto na sala, ainda no escuro, não vi nada estranho, mas ainda com cuidado fui até a porta, para me certificar de uma coisa

Chegando lá, tive uma surpresa, a porta estava aberta, mas eu me lembrava muito bem de ter fechado ela antes de subir, fechei ela com pressa e fui correndo ver se as janelas estavam devidamente trancadas

Depois de ter me certificado de trancar tudo, escuto meu celular apitar no meu quarto, estremeço da cabeça aos pés, o que será agora? Vou com certo receio até meu quarto pegar meu celular

Pego ele e vejo que foi uma mensagem do mesmo número, uma gota de suor escorre pela minha bochecha, destravo o mesmo com os dedos trêmulos

"- Ellie... Você acha que me trancou do lado de fora, ou do lado de dentro?"

Nessa hora já escorriam lágrimas dos meu olhos e já estava com dificuldade de respirar normalmente, de pijama mesmo corri novamente para sala de estar, só que dessa vez com o desespero quase palpável e peguei o chaveiro para abrir a porta

as chaves em meio a minhas mãos trêmulas acabaram caindo no chão, logo me apressei para pegar, as lágrimas atrapalham minha visão, até que finalmente acho a certa, quase não acerto a fechadura

Quando a porta se abre vou correndo para casa da minha vizinha, uma senhora de idade que já devia estar dormindo a essa hora, mas estou realmente pouco me fudendo para isso, estou com um maníaco dentro de casa, não posso passar a noite lá

Toco a campainha com pressa, até que a senhora abre a porta com uma cara de sono e enrolada em um roupão

- minha criança, o que ouve?- pergunta ao ver meu estado, mal consigo falar em meio às lágrimas, ela me manda entrar para me acalmar

Antes dela fechar a porta atrás de mim, dou uma breve olhada, a tempo de ver um ser encapuzado me olhando do outro lado da rua, não deu para ver seu rosto pela falta de iluminação, não é como se eu quisesse, queria mesmo que ela fechasse aquela porta o mais rápido possível, para finalmente me sentir um pouco mais segura.

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