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× Marnie ×

Amanheceu, mas eu não estava dormindo.

Eu e Hayes praticamente viramos a noite falando besteiras como sempre, ansiosos, pensando que o "resgate'' poderia ver a qualquer momento, mas dessa vez não foi como todas as outras vezes que eu e Hayes viramos a noite. Nós estavamos apreensivos, ambos amarrados e no chão duro e gelado ( Hayes havia pedido para sair da cadeira e o brutamontes concedeu), dessa vez a gente não tava assistindo how i met your mother ou até mesmo vendo vídeos de furões, a gente tava encarando aquele teto de concreto mofado falando sobre qualquer coisa aleatória, chegamos a falarmos sobre a fabricação de balas de gomas.

Pequenos raios solares invadiam aquela sala, eu e Hayes sentavamos no chão prestando atenção no jornal que falava sobre venda de gados, eu só pensava o quanto eu queria estar na minha casa naquele momento.

O brutamontes estava sentado na cadeira que era de Hayes, ele roía a unha meio apreensivo e tinha o seu olhar no noticiário, mas parecia que sua mente estava em outro lugar, Sammy não havia aparecido aquela manhã, será que era esse o motivo de tanto estresse?

E então, um estrondo de arrombamento invadiu o local, o homem se espantou e se levantou da cadeira olhando para a porta apreensivo na espera de alguém chegar, e não demorou dois segundos para dois polícias fardados invadirem o local com armas apontadas em direção ao homem que agora estava se rendendo.

- MÃOS EM CIMA DA CABEÇA, VOCÊ ESTÁ PRESO POR CÁRCERE PRIVADO- um policial anunciou com a voz bem grave e o brutamontes se rendia com choque no rosto enquanto o outro policial o algemava.

- NÃO MOÇO, NÃO É ISSO, EU POSSO EXPLICAR- o homem tentava se explicar, mas o policial não dava entrada para ele dizer nada.

-Você só vai dizer algo em frente ao juiz agora- o homem que o algemava disse com uma voz autoritária.

Bicho do céu, eu tô num filme de ação.

O outro policial colocou sua arma no chão enquanto o outro guiava o brutamontes pra fora da casa e se curvou até nós, nos soltando:

- Vocês estão bem?- ele questionou enquanto desamarrava meu pulso.

- Sim, mas pra onde você vai levar a gente?- Hayes respondeu.

- Vocês vão diretamente pra delegacia, Marnie Elgord e Hayes Grier, correto?- o policial perguntou e eu acenti com a cabeça- seus pais e amigos já tão delegacia a espera de vocês, lá vocês irão dar o depoimento de vocês e a gente da polícia tentará fazer a justiça- ele disse simpático terminando de soltar as pernas de Hayes e a gente acentiu.

Não saia uma palavra da minha boca, era muita informação, Hayes se levantou comigo e saímos do local junto com o policial, e assim eu pude ver pela primeira vez aonde nós estávamos. Havia mato para todo o canto, era um casarão velho todo pixado, adentramos na viatura e sentamos no banco traseiro, o homem que estava localizado no porta malas não parava de falar, tentando se explicar, mas os policiais nem deram bola e deram partida no carro, eles deviam estar acostumados com drama de bandido.

No caminho minha mão estava entrelaça com a de Hayes, nossos pulsos estavam a marca da corda, estava um vergão péssimo e a gente só ficava observando a estrada de barro pela janela, esperando um sinal urbano surgir.

[...]

O nosso trajeto havia acabado, foram duas horas dentro de um carro ouvido o "octoc" dos policiais falando sem parar que a delegacia estava lotada de pessoas da emprensa esperando nós, segundo os policiais uma emissora de televisão foi informada e anunciou no jornal que nós havíamos sido encontrados e estavamos indo a caminho da delegacia, isso bastou para a delegacia lotar de jornalistas.

O que eu fiz pra merecer isso?

Assim que a viatura estacionou em frente a delegacia, ela simplesmente foi rodeada por flash's, câmeras profissionais e microfones, isso pra mim foi um pesadelo, os policiais sairam pediram o afastamento e abriram a porta para nós, que saímos de mãos dadas da viatura, em seguida os jornalistas cairam pra cima de nós, nos fazendo milhares de perguntas enquanto a gente corria até dentro da delegacia, aonde, eles não podiam ter acesso.

Isso foi tão Black Mirror, pena que meu cabelo tá oleoso e eu devo estar fedendo pra caralho, não tanto quanto Hayes, mas devo estar fedendo.

Assim que minha pessoa e o garoto dos olhos de oceano adentramos na delegacia fomos recebidos calorosamentes com abraços das nossas famílias que tinham um sorriso aliviado e lágrimas nos olhos, meu pai me deu um abraço muito apertado e beijou meu rosto sem parar, parecia que eu havia desaparecido a 272662 anos.

- Nós sentimos tanto a falta de vocês- mãe de Hayes disse com uma voz chorosa enquanto dava um abraço apertado em Hayes, que retribuía.

Ambos nos soltamos e olhamos para atrás, aonde estavam nossos amigos como; Cameron, Tez, Sayu, Rafael, Nash e Sky encostados nas paredes nos olhando com um sorriso estampado na boca e os olhos brilhando, certamente, aliviados.

Eu abracei forte Sayuri com toda a força do mundo, me atrevo a dizer que ela foi a pessoa que eu mais senti falta, assim que o os nossos corpos se desgrudaram ela comentou;

- Caralho amiga, você tá fedendo mais que seu irmão- ela disse com graça fazendo eu soltar um riso.

- Eu tô aqui, sabia?- Rafael disse com sarcasmo e eu sorri indo abraçar o mesmo fortemente.- Eu juro nunca mais falar que te achei na caçamba, Marnie- ele disse com sarcasmo e eu ri soltando o seu abraço e indo até Cameron, abraçando o mesmo muito muito muito forte.

O abraço do Cameron está na lista de 27 melhores abraços do mundo, queria deixar bem claro isso.

- Você me salvou- comentei baixo o apertando fortemente o garoto que sorria fazendo carinho no meu cabelo.

- Não Marnie, você se salvou













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claramente percebemos que eu não manjo nada desse negócio de polícia, então por favor, sem correções
eu odeio quanto o capítulo passa de +1000 palavras, por isso esze capítulo tem 2 partes hehe
a próxima já sai
spoiler: treta com a Danik hehe

xoxo, maddu





fake love × hayes grierOnde histórias criam vida. Descubra agora