Capitulo um

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Eu ainda não acredito que eu estou em um avião a caminho do meio do nada que coisa maravilhosa! É melhor eu parar de pensar nisso se não vou enlouquecer antes de chegar lá e isso me dará rugas. Se tiver que fazer uma plástica por causa disso vou fazer o John pagar, pois é ele que esta me mandando para o fim do mundo, quem sabe faço ele pagar também um SPA quando eu voltar? Oh esse ideia é muito interessante. 


Não devo estar com uma cara muito boa, pois a velinha que esta sentada do meu lado me olhou de uma madeira estranha, ou é apenas minha imaginação querendo me enlouquecer. Fora o maldito medo de avião que tenho, logo que sentei nesse avião já comecei a imaginar ele caindo e todos morrendo.


Oh Nina, não deixe que sua mente tome esse rumo, se lembre daquela vez o que aconteceu? Foi vergonhoso ter um ataque de pânico em meio ao uma viagem de avião. As pessoas pensando que você vai cair dura no chão e morrer e você pensando que o avião vai cair  e todo mundo vai morrer. É... Nada legal. 


Então chega de pensar em morte, em gente gritando, partes do corpo ou a ausência de partes do corpo... CHEGA! Parei com isso é melhor eu pensar em algo que me faça dormir, isso mesmo, um campo grande com a grama verdinha, com um cavalo longe galopando e vaquinhas pastando... Tudo estava tão bem até chegar um uma vaca má e decidir que ela quer me comer!!


Vaca assassina! Sem pensar em vaca, em verde em nada, deixe sua mente em branco, vamos Nina você consegue... Mas eu não consigo. Brigar consigo mesmo isso, só eu faço isso. Por que eu não tomei meu remédio pra dormir no avião. Mas eu tomei. Então lá vem o sono.


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-Senhora ACORDE!  -Alguém estava me sacudindo, então abri os olhos e uma aeromoça muito vermelha estava me sacudindo como se eu fosse o pompom e uma líder de torcida. Que mulher louca.


-Calma aí, eu já me acordei! –Senhor dos jornalistas, eu não acredito que eu gritei com a aeromoça. –Realmente me desculpe, eu tomei meu remédio e acabei dormindo muito. Agora se me der licença acho melhor eu descer do avião. - A aeromoça não estava com uma cara muito agradável, e todo mundo já tinha saído só faltava eu. Tenho que trocar de remédio, esse esta muito forte.


Peguei minhas malas que eram cinco, pode parecer muito, mas eu vou ficar dois meses fora, tenho que ter roupas suficientes e eu nem sei que roupar usar lá... Então trouxe um pouco de cada coisa, só pra se prevenir. 


Caminhando por esse aeroporto lotado com todas essas malas não é fácil, ainda bem que eu já conheço o aeroporto e sei que aqui mesmo tem como alugar um carro.

-Senhor, eu quero alugar um carro. –Digo pro atendente bigodudo que esta vestindo uma horrível camiseta florida, que esta no balcão.

-Que tipo de carro a senhora quer? Temos vários modelos. –Senhora era a mãe dele, que coisa eu não tenho cara de 'senhora'. Mas voltando...


-Quero um carro grande.  –Digo com convicção, pois não tenho nem idéia como escolher um carro, em New York eu mal uso o que tenho e eu escolhi ele, pois era um modelo pequeno e elétrico (eu quero preservar o meio ambiente) - O que o senhor me indica?


-Olha se a senhora quer um grande, temos limusine? –Limusine no meio do nada ? É. Com certeza não.

Uma Jornalista em ApurosOnde histórias criam vida. Descubra agora