prologue

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Uma vez por ano, o deus da lua resolve descer a Terra, e assim fazer um dos feitos que os "recém-pais" temem [...]

— Atenção, todas enfermeiras disponíveis - a caixa de som soava pelo hospital - Quarto 327 com a Dr. Dahyun.

E mais uma vez ele estava lá, no meio do alvoroço dos corredores de um hospital carente. Os humanos passavam por ele, mas não o viam.

— Parto precoce? - uma das enfermeiras perguntou a médica que esterelizava as mãos. A mesma a ignorou e entrou no quarto velozmente.

A mulher estava a beira da morte, assim como o bebê de 7 meses. Todos ja tinham perdido as esperanças, menos a Dra. Dahyun, e com suor caindo nos olhos, ela se mantinha concentrada na retirada da criança.
Após 7 horas de trabalho de parto, a criança sai, mas há um problema, a mãe não responde mais.

— Precisamos de um monitor cardíaco - a médica gritou enquanto entregava a criança para uma das enfermeiras - Agora!

Xiao apenas observava a cena, ele gostaria de ver até onde aquela médica iria para salvar a criança e a mãe.

— Kami-nim - uma de suas subordinadas o chamava de forma repentina, o fazendo levar um susto, já que ele acreditava estar ali sozinho.

— Aigoo, como você desceu e eu não vi? - ele falava pousando a mão sobre o peito, encenando um pequeno drama.

— Salve-a.

— Por quê eu faria isso? - ele fazia um bico enquando mantinha os braços cruzados - Kureyo, desde quando você manda em mim?

— Já estou indo, annyeong.

Ele observou a pequena sumir na sua frente e logo voltou a olhar pela janela, Dahyun agora estava fazendo os passos do revivamento, de todos os partos precoces que ele ja tinha feito, aquela foi a primeira vez que viu um médico tão empenhado em salvar as duas vidas, na maioria das vezes priorizam a criança e após o parto ja declaravam leito a mãe.

Hum, ok. Mas a Kureyo não manda em mim.

Entrou na sala atravessando a porta e pousou em cima da maca, olhou atentamente para a mulher que ali estava deitada, ela era linda.

Era a segunda vez, em milênios de majestade, que ele salvava uma vida humana.

— Os batimentos voltaram - a médica suspirava enquanto recebia aplausos dos enfermeiros.

Xiao se direcionou a encubadora que a criança se encontrava e a observou por um tempo.

— É um menino - Kureyo surgia novamente, fazendo seu sonsaeng pular - Nasceu mais um no sul de Busan.

— Juntar dois meninos? - ele a olhou com cara de espanto.

Mesmo sendo uma prática normal entre seus subordinados, Xiao nunca tinha feito aquilo.

— Sim, Kami-nim, venha - ela o puxou pelo braço para fora do hospital.

Xiao sempre costumava juntar pessoas pobres, ele gostava de dar felicidade a quem não tinha muito, mas Kureyo estava levando-o para o Sul, o lado burguês de Busan. Ele conseguia ver a transição do leste para o sul do alto, era como se apenas um lado daquela cidade tivesse sofrido uma queima enorme e o outro lado tivesse sofrido uma globalização industrial.

Ao chegar no hospital, ele logo notou a diferença nos corredores. Ali era mais calmo, os equipamentos eram melhores, o chão era mais limpo, e até o uniforme era mais bonito.

— Ali, ali, estás vendo? - Kureyo apontava empolgada para um bebê mais pequeno que o normal.

— Ele parece um feto - Xiao segurava a risada - Até o prematuro de agora a pouco é maior que ele - Kureyo o repreendeu com o olhar e deu um leve tapa em seu braço.

— Ande, faça seu trabalho - Ele revirou os olhos, mas acabou por fazer o que ela lhe ordenava.

akai ito; jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora