(Harry)
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Eu o olhei sentado no sofá falando sobre chorar ao assistir o filme e quase morri, ele estava usando minha camisa, que ficava grande para ele, e uma calça de moletom fino, meias brancas nos pés, que eram pequenos e fofos e que ele agora mantinha escondidos em uma almofada, eu queria pegar ele no meu colo, beijar cada pedacinho dele...Mas eu não podia.
Eu devia ser mais cavalheiro, ser gentil, mas puta que pariu! Ele é muito gostosinho e me deixa louco com um simples olhar, depois ele tem esse jeitinho de sorrir meio de lado, dar uma piscadinha, coisinhas pequenas e interessantes que só ele faz.
Resolvemos pelo filme a procura da felicidade, sei que é velho e tudo, mas é lindo, e eu adoro, o deixei colocando o filme e fui pegar pipoca, dois refrigerantes e voltei a sala, percebi ele todo encolhidinho do sofá e corri buscar uma manta que joguei sobre seus pezinhos fofos e finalmente me sentei ao seu lado puxando a tigela de pipoca para o meu colo.
Creio que estava no comecinho do filme, e eu senti ele me olhar, seu olhar queimava, era tão intenso que eu quase engasguei com a pipoca, e então ele suspirou fundo, e veio para o meu lado, inseguro, corado e deliciosamente doce e fez algo que eu nunca, jamais iria imaginar que ele pudesse fazer, ele se aproximou e pousou sua boca bem feita sobre a minha.
O mundo parou. Meu sangue ferveu nas veias. Minhas mãos ganharam vida própria e correram a sua cintura o enlaçando e o puxando para junto de mim.
Eu o beijei, beijei como se minha vida dependesse disso, e de fato acho que depende, eu o senti doce em minhas mãos, eu o senti meu e isso me atordoou por um instante, meu corpo enrijeceu, eu senti uma fisgada lenta e luxuriante no meu baixo ventre e o prendi mais, isso devia assusta-lo, eu podia sentir seu pequeno corpo tenso sobre o meu, numa posição desconfortável, e eu o puxei para meu colo, sentando ele de pernas abertas em meu colo e aprofundei o beijo, mais e mais...Senti sua boca ceder e adentrei com minha língua para sentir mais seu sabor, sentir mais seu corpo divino em minhas mãos sedentas de Louis.
Eu o queria, eu o queria muito, mas não assim, não ali, não desse jeito. Pude ver o desejo quase inocente em seus olhos, mas eu também vi que fui eu mesmo a roubar essa inocência toda, eu era o culpado, e eu devia ter sido doce com ele, devia ter ouvido ele, devia ter sido paciente e faze-lo meu no momento certo, mas eu não fui.
Desta vez eu serei, agora que sei que ele me quer, eu serei o melhor amante, atencioso, minucioso, quero lhe proporcionar todo o prazer que é possível sentir, eu quero amar esse garoto que parece um coelhinho assustado, ou um gatinho manhoso.
-De onde você tira esses apelidos? Coelhinho, gatinho...
-Eu não sei, só associo você a coisas fofas, sorry!
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Os três desejos.
RomanceLouis é um rapaz calado e tímido, mas muito sonhador, ele desejou numa noite chuvosa em que se sentia muito triste um romance inesquecível, desejou estar na cama com um belo homem, forte, lindo e inteligente, capaz de lhe dar o mundo...O problema em...