capítulo 11

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Eu via toda minha vida passando na minha frente, o carro preto com vidros escuros vinha com tudo um minha direção,  e eu simplesmente não sabia como reagir, era como se o tempo estivesse mais lendo me fazendo ter a visão de cada detalhe, menos do rosto dessa pessoa, até que um grito ecoa em minha direção.

-ROSA.  Era ele ...Diego.
Ele havia gritado meu nome, viro meu rosto rápido em sua direção,  meus olhos se encontram com os seus, ele respira com dificuldade por ter corrido atrás de mim, seu olhar era de Dor, ele sentia a dor que eu ia sentir.
E me vem o impacto..
Meu corpo doeu e voou rolando por cima do carro...
E eu apago, a última coisa que vejo antes de entrar na escuridão, e aqueles mesmos olhos, e aquela mesma escuridão profunda que me ipinotiza. ..

A minha vida sempre foi assim, desde de pequena sendo humilhada, pela mesma pessoa que hoje descubro ser minha irmã.
Nunca tive um pai de verdade, aquele ser que se dizia meu pai só me trazia desgosto.
Eu chorava toda noite, André me abraçava e eu dormia em seus braços.
Ele sempre cuidou de mim, mas com o tempo o monstro começou a dar drogas para ele , eu tentava impedir.
Em vão como sempre,  já que o mesmo me batia.
Dizia que seu filho deveria continuar com os negócios da família, isso me doía,  doía ver o quão uma mulher era frágil perto do homem,  o quão a sociedade fazia a mulher frágil.
Eu sofri bullying desde de sempre, pelos meus óculos,  pela minha roupa, por ser estudiosa.
Eu era considerada assim
Trouxa, inocente, sem estilo, nerd...
Até que greta
GRETA me ajudou, me arrumei mais, comprei um óculos que combinava mais comigo, me maquiava. E mesmo assim continuou, com o tempo fui me acostumando, que minha vida seria sempre assim...
Sendo humilhada por todos.

Até que ele me olhou, até que aquela mesma escuridão onde muitos temiam, mas eu amava, sim eu o amava.

Mesmo conhecendo ele tão pouco eu sabia que ele havia me ganhado, eu amava, e foi por causa dele que não deixei que aquela escuridão que queria me levar me levasse, eu me segurei na sua, naqueles olhos negros acinzentados, cravados em minha mente, me salvassem.

Eu me senti assim pelo que senti por muito tempo, eu me sentia vazia, até que a luz começou a me acordar, e a primeira pessoa que vi foi minha mãe, pra ser mais exata ela não estava sozinha, ela estava de costas para minha cama e ao seu lado havia uma silhueta que pelo que parece era um homem, seus ombros eram largos, seus cabelos eram negros, dava para ver as marcas de seus músculos na camiseta, e o que mais me chocou foi ouvir sua conversa.

- eu sei meu amor, nois temos que protege la mais...

-por que ele fez isso com minha filha. Minha mãe dizia aos prantos- mal sabemos quando ela vai acordar. E ela chorava mais e mais e ele a abraçava, uma pergunta vem em minha mente.
Meu amor?
Meu padrasto nunca a chamou e só havia uma pessoa que com certeza tem o direito de fazer isso.

-pai...

Eu não consigo me segurar e as palavras saem como um sussurro, quase sem dar para ouvir, mais eu disse quase, e suas atenções se voltam no mesmo instante para mim, minha mãe chora mais ao me ver acordada novamente, e vem em minha direção me abraçando e chorando.
- eu...eu senti tanto medo...pensei que te perderia. Dizia ela chorando, eu estava paralizada olhando fixamente para o homem a nossa frente, o mesmo se manta de costas para mim, mas virou rapidamente e me olhou, e quando nossos olhos se encontraram eu tive a total certeza de que eu era filha dele, seus cabelos igualmente pretos e o isso,  é seus olhos, seus olhos foi o que me chamou mais atenção,  eles eram verdes, um verde intenso, nem os meus se comparavam a tanta intensidade, eles me traziam paz, eu me sentia estranhamente protegida com a presença dele, era como se meus problemas evaporacem, minha mãe percebeu meu olhar de curiosidade e dúvidas sobre ele e tentou, tentou reverter a situação desconfortável que fez ele passar.

- e... Vicente eu não vou mais precisar de seus serviços, pode ir agora. Ela disse para ele, mas eu tive mais certeza ainda quando ouvi seu nome. Ele já estava dando meia volta,  indo em direção a porta do quarto, mas quando sua mão tocou a maçaneta eu sai de meu transe e decidi acabar de uma vez por todas com essa mentira toda.
- ela pode não precisar mais de seus serviços. Ele paralisou no lugar no mesmo instante, minha mãe me olhou apreensiva- mas eu preciso Vicente Machado de Assis, ou seria melhor eu dizer pai.
Toda a ênfase que eu coloquei na última palavra foi o suficiente para minha mãe levantar rápido e me olhar assustada, eles perceberam toda a dor que eu coloquei naquela simples palavra que para nois significava muito, ela me olhou assustada com a mão na boca, pasma por eu ter descoberto toda essa farsa, ele virou e olhou para mim, eu até pensei que eles iriam tentar mentir mais, que iriam arrumar mais Desculpas para fazer minha cabeça, mas meu pai simplesmente ficou por um longo tempo me olhando nos olhos, se aproximou da minha cama e me abraçou, eu chorei, chorei junto dele, chorei por finalmente estar em família, ele chorou, mas eu não sabia os motivos de suas lágrimas, eu não sabia, mas o que eu realmente precisava era de um amor paterno de verdade, eu me sentia protegida, forte, decidida a seguir minha vida de cabeça erguida, ele se separou de mim, me analisava.

-você tá tão grande,  tão linda, minha princesa. ..mas eu não posso, não posso, se eu me aproximar de você irão te fazer mal.  Ele dizia balançando a cabeça para os lados,  e isso me magoava, magoava saber que eu tinha um pai e não poderia ter ele comigo.

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Eu estava sem net, o que me ajudou a escrever mais capítulos,  mais eu n tinha p postar ne'-', então eu fikei uns dias sumida, mas volteiiiii e talvez, eu faça um capítulo extra sobre diego, mas isso depende se vcs quiserem...

Bjoossss de luz
^_^

Rosas (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora