Capítulo 07.

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- Felipe! Sala 100! Urgente. - Gritou a enfermeira já ao ver um pequeno garoto com um corte aonde saia muito sangue. Felipe já com seus utensílios de trabalho já começava a limpar o corte. 

Aos 15 anos, Felipe decidiu a sua profissão. Médico. Ele iria viver de  medicina na real de pediatria. Ele amava crianças, na mesma idade ele se tornou padrinho. Batizou a sua prima, ele cuidava dela como se fosse algo raro, com cuidado.

Aos 16 anos, ele começou estudar enfermagem em curso junto com Camilly. Aos 18 anos após a sua festa se formou em enfermagem após um tempo começou a fazer estágio em hospital conseguindo seu próprio dinheiro. Mas ao se mudar teve que abandonar este estágio. 

- Obrigado! - O garoto lhe deu um abraço quando Felipe terminou o seu curativo encima dos pontos que levou. O garoto tinha em uns três anos, mesma idade que a sua afilhada. Ele já sentia saudades da sua família. 

Felipe então tratou de secar a sua lágrima que cismou em cair, ele não queria que o vissem chorando. Era difícil Felipe chorar, principalmente na frente de pessoas que ele não tinha intimidades. Então guardou o seu material e saiu daquela sala. 

Camilly seguia o mesmo estilo de trabalho, só que o local de trabalho era muito diferente. Era um hospital público, aonde não tinha como ter organização. Era crianças correndo pelo lugar, senhores em pé, adultos sentados. Pessoas internadas em corredores por conta de uma super lotação do hospital. O emocional de Camilly tava se abalando logo no primeiro dia de emprego, como o de Felipe. 

Camilly que dava aulas de danças na sala adolescência e vendia uns doces para conhecidos e lugares aonde frequentava para poder ter dinheiro para pagar as suas roupas não tinha noção desse movimento em hospitais. Diferente de Felipe não fez estágio em um hospital, fez em um posto de saúde na cidade aonde ela morava. 

Apenas naquele dia ela viu pessoas não sendo atendidas, pessoas não tendo remédios de seus direitos e pessoas morrendo naquele lugar. 

Aquele lugar não estava sendo um dos melhores, uns dos lugares que ela imaginou trabalhar, ela não se sentia bem com isso. Ela então foi ao banheiro que também parecia ter sido abandonado sem nenhum cuidados se sentou na privada e começou a chorar. Ela só queria ir embora e abraçar os seus amigos. Mas agora ela era adulta e teria que resolver os seus próprios problemas. 

Joyce estava empilhada de folhas e de coisas para organizar. Pelo que parecia o seu patrão não tinha feito nenhuma organização de reuniões e até mesmo de negócios. Ela tinha que marcar tudo, até o mais breve possível. O trabalho de secretaria não estava sendo tão fácil quanto ela havia imaginado que seria. 

Era apenas quarta feira. O quarto dia da sua liberdade e sua cabeça nunca esteve tão cheia com uns problemas que não eram nem seus.

A faculdade não havia nem ainda começado, a paz pela casa que ela dívidia com os amigos reinava. Ela só não sabia até quanto isso iria acontecer. 

O seu patrão não iria ir hoje, então assim que terminasse o trabalho, ela poderia ir embora, assim como outros que as cinco horas seriam liberados do serviço. Iriam vim casa um embora sozinho. Cada um com o seu drama nas costas.

Camilly vinha embora sozinha, ela solta o cabelo, deixando eles soltos fazendo que os mesmo bagucem com o vento de fim de tarde. Vindo caminhando pela calçada, passava por lojas e cursos rapidamente. Um o chamou a atenção, ela viu umas garotas dançando e sentiu saudade de quando ela dançava então ela aperta o passo para poder chegar em casa logo.

Felipe vinha andando com o seu fone de ouvido em uma música com um tom baixo. Ela não gostava de escutar música muito alto. Então ele vê um garoto cercado de umas garotas, provavelmente sua amigas se lembrando de si mesmo. 

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