Prólogo

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  Senti o toque da água na minha pele á medida que ia mais fundo dentro do mar. Estava escuro, não conseguia ver a mim própria, a cada momento ficava mais escuro, até só existir preto, uma cor neutra. Quando olho para cima vejo luz, subo até a cima. Era a lua, que brilhava intensamente.
  Acordei enrolada nos meus lençóis brancos, abri os olhos e vi o teto amarelado devido ao tempo, e levantei-me, ajeito a minha camisa de noite rosa clara e vou até á cozinha.
  O chão estava frio, e eu tinha os pés descalços, apanhei uma maçã e fui para a sala que tinha uma carpete.
  Dirijo-me ao cavalete que estava no canto da sala e coloco uma tela, começo a fazer um esboço do meu sonho, o mar negro iluminado pela lua.
  Enquanto como a maçã, observo o esboço que fiz, era algo simples sem muitos promenores.
  Decidi ir ao jardim apanhar ar, vejo as plantas perto da cerca.
  Volto para dentro, volto a sentar-me em frente ao cavalete, e começo a colorir o esboço.
  Enquanto espalho as cores na tela penso em como estas tintas existem, como são feitas, ou mais especificamente quem as fez, não poderia ter sido eu, mas não existe mais ninguém.
  Às vezes penso se houve alguém antes de mim, tem de ter havido, senão como estaria eu aqui? Está uma pergunta que faço todos os dias a mim própria. Como estou aqui? Porque estou aqui?

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