Tom Marvolo Riddle — 1 semana para o fim do ano lectivo
Nunca entenderei essa ansiedade dos meus seguidores em ir para casa, a uma semana do fim das aulas, o meu dormitório nas masmorras está uma autêntica bagunça com malas abertos por tudo o quanto é sítio, roupas a flutuar pelo ar, pergaminhos e livros abertos pelo chão dos menos aplicados que buscam fazer os trabalho à última da hora. Nunca entenderei esta ansiedade, esta confusão, todo este barulho para voltar para casa. Para mim, casa é Hogwarts, por muito que tenha os seus defeitos, aqui é o lugar a que eu chamo de lar. Não aquela espelunca velha que cai aos pedaços do orfanato Wool, para onde o velho Dumbledore me obriga a ir passar todos os meus verões, como castigo, punição, como uma forma de aumentar o seu ego gigante contra tudo o que ele tem contra mim.
Sim, eu sei que ele tem coisas contra mim, sei que ele não sabe o que faço, sei que ele não sabe que o nome do Lord Voldemort é um mero pseudónimo que esconde a minha repugnante identidade, mas também sei, que bem lá no fundo existe aquela voz da consciência que alerta Alvos Dumbledore que eu sou perigoso. O que é verdade.
— Tom está na hora da aula do Slughorn! — Abraxas Malfoy avisa-me retirando-me dos meus pensamentos. Abraxas Malfoy é um Malfoy arrogante como todos os da sua linhagem, não foge dos rigorosos padrões físicos dos seus ancestrais, mas sobretudo é leal e é essa lealdade que o tornou meu seguidor. Apesar dos seus inúmeros defeito, Abraxas é provavelmente o único a quem alguma vez irei chamar de algo mais que seguidor ou aleado. — Sabes que ele odeia atrasos!
Como eu detesto as aulas daquele velho que vive a sua vida através dos estudantes, apenas Merlin sabe. Eu gostaria de repelir aquela criatura horrenda e os seus concelhos fatelas que são dignos de vómito de dragão. Mas por enquanto, enquanto não me afirmo como senhor do universo mágico, tenho de colocar o mais falso dos meus sorrisos e assistir com desprezo às aulas dele comprovando para todos verem que eu sou o melhor e que ninguém é par para mim porque eu sei tudo.
— Certo Abraxas! Vai indo que já lá irei ter! — informo erguendo-me do meu cadeirão no dormitório e fechando o meu livro sobre artes negras.
Começo a caminhar lentamente para as masmorras, ser o preferido de Slughorn assim como monitor tem as suas vantagens e uma delas é poder chegar atrasado. Eu estava perdido nos meus pensamentos quando sinto alguma coisa embater violentamente contra mim. Tudo acontece demasiado depressa, e quando dou por mim estou a erguer-me do chão.
— Seu idiota olha só o que fizeste! Eu vou chegar atrasada seu trasgo nojento! — uma voz doce soa sobre os meus ouvidos olho em redor e deparo-me com montes de pergaminhos e livros no chão mas o mais invulgar é sem dúvida a rapariga de cabelos castanhos longos e lisos e olhos de prata quase brancos que me olha enraivecida. Eu já a vi pela escola, se não me engano é a rapariga da Gryffindor que anda sempre com a Murta que Geme, como é que ela se chama mesmo... ah sim, Lauren Hart, uma sangue de lama imunda, não consigo evitar um olhar de nojo ao pensar que embati nela. — Ao menos podias te desculpar por não veres por onde andas amostra de bruxo! — ela informa enquanto agarra na varinha e com um simples movimento recolhe as suas coisas. — Estes Slytherins que se acham mais que os outros, pois bem vocês não são! E parece que são todos cegos e nenhum de vocês vê por onde anda e se chocão com alguém estão se a lixar para isso porque são muito superiores. — ela diz furiosa e eu vejo as ondas de magia dela saírem do seu corpo elevadas, acredito que ela esteja furiosa, mas eu, sou muito temperamental e ela, esta imunda, não é ninguém para me insultar. Agarro-a num movimento rápido e prendo-a contra a parede atirando as suas coisas novamente para o chão. — Seu ogr...
— Cala a boca! — eu berro e ela em vez de se calar cospe-me na cara. Ah ela não devia ter feito isto, agora vai conhecer o único e todo poderoso Lord Voldemort. Afasto-me dela e agarro a minha varinha, não há ninguém no corredor então não há risco de ser apanhado. — Crúcio! — eu bravo e ela simplesmente sorri desviando-se do meu feitiço.
— É só isso que tens para dar? — ela rosna enquanto apanha as suas coisas e eu tento acertá-la em vão. — Pois bem, experimenta isto! Crúcio. — e a única coisa que vejo antes de a dor me atingir em cheio no peio é ela a correr para a aula do Dumbledore. Nunca senti nada como aquilo, uma dor tão aguda e profunda, era como se estivesse a ser mutilado por milhares de facas afiadas. E quando a dor acaba eu estou a ver vermelho porque eu vou fazer aquela imunda pagar pelo que fez, ninguém desafia o Lorde das Trevas e sai ileso.
Sacudo as minhas vestes e dirijo-me para a minha aula que com pesar noto que já acabou e isso só aumenta a minha ira porque aquela sangue de lama fez-me perder uma aula.
— Tom? O que aconteceu? — Abraxas questiona assim que sai da sala e se depara comigo.
— Lauren Hart. Quero que saibas tudo sobre essa imunda! — ordeno no meu tom de Lord das Trevas.
— Para que queres saber da amiga da murta que geme? — ele questiona cuidadosamente.
— Ela atacou-me e fugiu e agora eu vou-me vingar! — informo e vejo-o tremer.
— Foi ela que te fez isso à roupa? — ele questiona e é só aí que eu noto que metade do meu uniforme está rasgado com enormes fendas causadas por fogo.
— Ela só me lançou um Crúcio. Agora diz-me o que sabes sobre essa sangue de lama.
— Bom, ela de sangue de lama não tem nada, ela é Lauren Shafiq Hart, a última da sua linhagem, a mãe, Katherina Shafic morreu junto como todos os Shafiq no incêndio da mansão da família, o pai dela, não se sabe muito sobre ele, Marcus Hart morreu no dia do incêndio mordido por uma alcateia de lobos. Desde então a Lauren tem vivido com a tia renegada da família Hart, Davina Hart. — ele falou tudo de uma vez. — Dizem que a tia dela a odeia porque ela é uma bruxa, que a abomina e que a agride e que é por isso que ela passa os verões em casa da Murta que Geme.
— Os Hart não são aquela família...
— Que se suspeita serem vampiros? Sim, mas não há confirmações uma vez que todos sabem que os vampiros não podem procriar!
— Interessante.
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Blood
FantasyEle é um mestiço. Ela é uma híbrida. Ele é poderoso. Ela é poderosa. Ele é temido. Ela mete medo a todos. Ele é mau. Ela está fadada às trevas. Ele quer viver para sempre. Ela tem a imortalidade a correr-lhe nas veias. Um encontro desastroso. Uma pr...