Prólogo

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Os deuses olhavam de lá de cima para a sua criação, olhavam com preocupação e cautela. Ele já não era o mesmo, eles tinham perdido o controle sobre ele décadas atrás e agora ele estava a tornar-se um problema a sério para eles. Não há muito tempo atrás ele era apenas conhecido como "O mensageiro dos deuses".

Ele agora era um deus. E ele tinha ganho o título justamente.
A mostrar a todos aqueles que se erguiam contra ele que ele não hesitaria a derramar o sangue daqueles acusados de deslealdade.

Ele era cruel.

Os deuses olhavam para ele à medida que ele lutava o seu caminho através dos corpos, não estava nem na sua forma completa e mesmo assim eles não passavam de um monte de brinquedos com que ele brincava.
Fazia questão de os matar de uma maneira que deixaria uma grande confusão, e até para aqueles que apreciassem uma boa matança, seria uma visão amarga.

Ele era vicioso.

À medida que eles observavam, as deusas olhavam umas para as outras. Era esperado que a aparência dele fosse tão feia quanto a sua personalidade e reputação, mas na verdade era o oposto. A sua aparência igualava à dos deuses naquela sala. Ele também o sabia.

Ele era sedutor.

Mas à medida que o observavam, ficavam horrificados com o poder que ele recolhia diariamente.
Não só era perigoso e estava fora de controle, como o seu poder estava a tornar-se demasiado até para os deuses aguentarem. Eles tinham medo que se ele voltasse para eles ele fosse capaz de os derrubar.
A todos.

Afinal, não era nenhum segredo que eles não conseguiam ser mais negligentes e tortuosos quando se tratava do rapaz.

Eles tiraram-no da sua casa quando viram um propósito nele e tornaram-no naquilo que ele é agora. Os deuses sentaram-se à volta da grande mesa de vidro, todos com os olhos e as cabeças distantes. Finalmente um deles falou, foi Alstha, deusa da guerra e do conhecimento.

"Alguma coisa tem de ser feita imediatamente! Ele está a esquartejar centenas por minuto, alguns são inocentes!" Ela exclamou em ultrage. As suas feições divinas a torcer-se em algo negro.

"Não podemos fazer nada. Certificamo-nos disso quando o fizemos, que ele seria indestrutível e o seu poder seria inalcançável" Eccasto deus da inteligência e do instinto falou, a sua voz grave cheia de arrependimento.

"E de quem foi essa brilhante ideia? Todos nós vimos o que o rapaz pode fazer e eu juro por tudo que sei, que alguma coisa má nos vai acontecer se não encontrarmos uma maneira de o parar." Falou o destino.

Os deuses congelaram. O nome era simples, mas apenas falava quando necessário. As suas palavras eram basicamente lei. E se ele estava preocupado com o futuro deles então isto era muito mais grave do que todos pensavam.
Todos olharam em volta da mesa. E todos pensavam no que fazer.

O rapaz treinou com Alstha então ele sabia muito sobre guerra e conhecimento, ele treinou com Eccasto então ele sabia como reagir a tudo, ele treinou com o Destino então sabia como estar preparado para tudo. O rapaz tinha treinado com todos os-

Quase como se o mesmo pensamento passa-se por todas as cabeças a discussão parou.
O rapaz treinou com eles, mas não com todos.
Havia uma deusa cujo o poder eles pensaram não ser necessário para as missões dele então não o prepararam para o poder dela.
Apesar de que ele estava sobretudo a cargo dela e eles eram da mesma espécie.

Lun.

Ou como o seu povo a chama, Mãe Luna.

Todos os olhos foram para ela e ela ergueu uma sobrancelha em questionamento.
De todos eles ela era a mais segura, afinal ela não tinha interagido com o rapaz.

Lupus DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora