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desde o último acontecido no clube de dança, renjun passou a esperar jeno dentro da sala enquanto observava o mesmo dançar apaixonadamente.

— injunie, por que você não me contou que dançava? eu achei que você confiava em mim.

— não é pra você se sentir assim. eu não contei nem pra minha mãe. eu comprei o que eu tenho com o meu dinheiro da mesada.

— por que você não contou pra sua mãe? seu pai sabe?

— se não contei pra minha mãe, pro meu pai muito menos.—  renjun respirou fundo. —eu tenho medo. muito medo. mesmo se meus pais gostarem da ideia, eu tenho medo da sociedade, eu tenho medo de todo mundo. você sabe que só não mexem com você por causa dos boatos de que você bateu no professor de educação física.

 jeno sorriu.

— eu to aqui pra isso. se alguém ousar encostar um dedo em você, eu quebro.

ambos sorriram. jeno encarou renjun que sua tarefa de geografia. ninguém nunca ia ser tão bom pra jeno quanto renjun, afinal, quem faz a tarefa de outra pessoa em troca de nada e ainda estuda junto com essa mesma pessoa e ainda compra frango pra essa mesma pessoa e ainda fica com essa pessoa até a escola fechar.

renjun era tudo que jeno precisava.

— que foi? por que você ta sorrindo? tem alguma coisa na minha cara? — renjun levou a mão até o rosto.

jeno se aproximou e estendeu a mão.

— o cavalheiro gostaria de dançar comigo?

renjun ficou confuso mas logo entrou no papel.

— seria uma honra. — o garoto colocou a mão no peito como se estivesse emocionado e logo a colocou na palma da mão do amigo.

renjun colocou ambas as mãos nos ombros do mais alto, que levou as mãos a cintura do chinês.

os garotos balançavam de um lado para o outro pela sala, ao som da leve melodia que se espalhava pelo cômodo quase vazio.

renjun descansou a cabeça no ombro do coreano.

— você acha que o jisung era capaz de machucar alguém só pra te tirar da competição?

— eu não sei, aquele garoto é louco. você lembra do quão bravo ele ficou quando perdeu pra mim na edição do ano retrasado? eu achei que ele fosse me matar.

— eu sei... mas é diferente. ele pode ficar bravo, mas ele podia ter matado a sookyung.

jeno ficou em silêncio.

renjun tirou a cabeça do ombro do outro.

— desculpa.

— não. você não fez nada, é verdade. eu só tava pensando. você disse que o chenle deu um bolo pra sookyung. — renjun balançou a cabeça em afirmação. — desde quando o jisung e ele se conhecem? deve ser por isso que aquele garoto me odeia sem eu ter feito nada.

renjun não ouvia mais nada. havia coisas mais importantes no seu campo de visão. renjun suspirou.

— o que foi?

— você é muito bonito, só isso.

jeno sorriu.

—você também é. você não repara, mas todo mundo te olha quando você passa.

renjun corou e enterrou o rosto no peito do outro num abraço esquisito.

ᴡᴏᴜʟᴅ ʏᴏᴜ ʟɪᴋᴇ ᴛᴏ ᴅᴀɴᴄᴇ ᴡɪᴛʜ ᴍᴇ? 🍒 ʜʀᴊ × ʟᴊɴOnde histórias criam vida. Descubra agora