ALL OF THE STARS.

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Essa tá completa, garotas :)))

Parte um.
Short fic.
ALL OF THE STARS.
Tyro (n.): Um iniciante em aprender qualquer coisa; Novato.


¨¨¨¨¨¨


     "Que porra é essa? ".

     Dianna sentiu-se desconfortável quando, ainda sentada em sua cadeira na mesa de jantar, ouviu sua filha do meio berrar, aparentemente invadindo a sua residência. De novo.
Não era segredo para ninguém que Demi tinha perdido as estribeiras. De um tempo para cá, mais precisamente dois anos, a matriarca da família tinha assistido sua filha destruir a si própria, assim como sua carreira na indústria, com o vício, infelizmente muito bem conhecido pela família, em bebidas. Nunca tinha achado nenhuma droga, pelo menos. Mas internamente, sabia que as doses frequentes de Whisky eram apenas as portas de entrada para as substâncias desagradáveis. Demi precisava de ajuda, ela sabia, mas nenhuma das intervenções tinham dado certo e na medida em que os dias iam passando, durante os primeiros meses, tudo tinha virado rotineiro. Até que as coisas ficaram mais serias, é claro. Tinha prometido a si mesma que colocaria um fim naquilo, custasse o que fosse. Contudo, sentindo-se cada dia mais impotente as notícias que recebia sobre a vida destruída da filha que tanto embalou para dormir, optou pelas medidas drásticas. Demi não queria ser ajudada, mas Riley precisava de alguém que lutasse por ela. Levando em conta que, agora, a sua mãe sequer se preocupava com a pobre menina.

     Os olhos da mulher mais velha dançaram pelo hall de entrada, esperando pela figura da filha que logo aparecera. Não era a visão mais bonita de se ter, mas seu coração tinha aprendido a segurar o tranco toda vez que sua menina surgia. Demi, que mesmo embaixo do desgaste físico e do próprio atolamento nos vícios asquerosos permanecia uma mulher bonita, carregava sua filha pelo pulso estampando uma raiva absurda da vida e dos próprios pais em seu rosto. Dianna não pode evitar de sentir pena da situação. A neta que vez fora uma criança repleta de alegria, hoje temia até a própria sombra e sua filha, que se lembrava perfeitamente de levar toda terça e quinta para as aulas de piano no centro cultural, era a culpada por isso.
Num instinto que se tornara comum, Dianna pulou da cadeira e andou até a criança, aproveitando a pouca distância que lhes separava para dar uma boa observada na mesma e garantir que ela não estava machucada. Ela estava. Um galo na testa que mais parecia uma concussão e uns arranhões pelo braço, uns tantos da última semana que lhe vira e outros ainda com filetes de sangue vivido. Tentou pegar a menina que chorava baixinho no colo, mas Demi a proibiu.

"Como você ousa tentar tirar a minha filha de mim? ". Sua voz a entregava, estava embriagada e pela hora da noite, provavelmente tinha passado um bom tempo bebendo. "Você é uma vadia por me mandar essa porcaria de intimação. Eu não sustento vocês para vocês me tratarem como idiota. Eu não sou idiota, ouviu, caralho? ". Aos berros, a morena de aproximadamente um metro e sessenta, jogou um envelope retangular grande sobre a mesa mais à frente. O estrondo do papel lotado de folhas grossas fez um barulho alto o suficiente para que Eddie viesse checar a esposa. "Vocês não vão tirar a minha filha de mim. Não vão! ".

"Nós já tiramos, Demetria". Com uma voz grave e desapontada, Eddie fez o favor de pegar Riley das garras fumegantes de Demi e entrega-la para Dianna. No instante que a criança fora acolhida no colo da avó, se entregou a um choro esganiçado e triste, qual mais tarde pernoitaria esse dia e também o outro. Como Demi não teve sucesso em pegar a criança de novo e precisou assisti-la se afastar na direção do andar de cima, seus olhos se encheram de lágrimas, assim como seu peito, que contraditoriamente, inundou de ódio e rancor. Eddie a segurou pelos braços, percebendo que a mulher avançava em sua direção. "Respeite a si própria e busque a porcaria dos valores que sua mãe e eu tentamos te dar durante a infância". Dessa vez Eddie tinha perdido a paciência, por qual era conhecido. "Você merece uma bela surra, garota. E merece ouvir algumas verdades também". Seus olhos ferozes encontraram os castanhos escuros da filha postiça. "Você não vai perder a sua família. Você já está perdendo. Aliás, boa parte você já perdeu. Ou você vai para uma clínica de reabilitação e procura ajuda, ou eu juro por Deus, você nunca mais vai ver a Maddie ou a Izzie pelo resto da sua vida. Isso não é um talvez. É um fato. Sua mãe e eu estamos cansados de ver você se matando aos poucos. E ainda por cima, levando a coitada da sua filha junto para a cova. Ela tem sete anos e tem medo de você. Era isso que você queria? Era isso que o Wilmer ia querer, Demi? Você sabe muito bem a resposta".

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