A Perseguição

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   Consegui chegar até a rua de sua casa sem que notasse a minha presença. Estávamos a alguns portões da casa dela e já era possível ver sua casa de onde estávamos. Depois de fazer uma movimentação estranha, percebi que seus próximos movimentos seriam justamente para olhar para trás — justamente onde eu estava — e então precisei desviar meu caminho da forma mais rápida e silenciosa o possível. Por um lance de sorte, eu consegui me esconder atrás do muro da casa que estava a minha esquerda, sinto que se eu demorasse mais um segundo, teria notado minha presença. Logo após longos três segundos, eu decidi olhar a rua ainda encostado no muro e ela estava abrindo o portão de casa. Antes de entrar, decidiu dar uma última olhada na rua e então se virou em minha direção novamente. Ela começou a olhar o lado direito da rua, isso fez com que eu pudesse, novamente, me esconder por completo no murro sem ela me perceber. Foram mais alguns longos segundos até eu ouvir o barulho do portão de fechar. Em seguida saí de onde eu estava e então fiquei a encarar a rua vazia e escura sendo iluminada por apenas alguns postes que estavam ligados naquela noite.

    Durante todo o tempo, eu pensei em chamá-la, mas não o fiz por medo do que poderia acontecer. Depois de eu ter magoado uma vez, não sei se ela iria querer olhar na minha cara de novo, porém era para eu ter a chamada novamente.

The Blue DressOnde histórias criam vida. Descubra agora