Capítulo 2: A Última Risada

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 Em meio as chamas e o caos que um dia foram Metrópolis estava um homem a caminhar. Seu semblante era completamente sombrio e amargurado. Sua capa vermelha esvoaçava com o forte vento que passava pelas chamas e pela fumaça. O símbolo em seu peito devia significar esperança. Mas sujo de sangue da maneira que estava ele representava desespero. E o pior. O sangue não pertencia a esse homem. E sim à mulher que carregava em seus braços. Sua esposa. Já sem vida. Esse homem é Clark Kent, o Superman. E esse estava sendo o pior dia de sua existência.

A super audição que para ele havia sido seu poder mais importante no dia anterior, voltava a lhe servir agora. De forma muito baixa ele podia ouvir seu melhor amigo, o Batman, falando com outra pessoa em um lugar distante. "Você tomou sua esposa." Foi a primeira frase ouvida por ele. "Seu filho não nascido." Instintivamente ele colocou a mão na barriga de Lois, como se na esperança de que o bebê ainda estivesse vivo. Ele se ajoelhou no meio de todos aqueles destroços e abraçou a única família que tinha naquele planeta. Agora já sem nenhuma vida no corpo e ouviu a última sentença dita por seu amigo: "E a cidade dele.".

Prisão de Gotham

Uma sala de interrogatório. Suas paredes estavam gastas e cheias de rachaduras devido as décadas já enfrentadas daquele edifício. Um vidro espelhado separava duas salas. Em um delas havia uma mesinha de metal e uma velha cadeira. Nessa cadeira estava o Coringa, com um expressão de tédio, sobrancelhas erguidas e um bico em seu rosto. A sua frente com as mãos apoiadas na mesa estava Bruce Wayne. Ele se curvava sobre a mesa para igualar a altura do seu olhar à do Coringa. Seus olhos tinham indignação, raiva e dúvida. Seus dentes estavam serrados e seus punhos extremamente fechados.

-Por quê? –Perguntou ao palhaço deixando transparecer na voz toda a fúria que sentia. O que estava a sua frente fez uma expressão confusa.

-Por quê? Você precisa de uma razão? –Ele disse essas palavras como se fosse óbvio. –Provavelmente é a mesma razão de eu ter batido em um cachorro até a morte com um gatinho na semana passada. –Completou pensativo. Um sorriso maníaco e um olhar satisfeito surgiram em seu rosto. –Quando os uivos e miados pararam, tudo que restou foi uma confusão de pele, sangue e cérebro... –O tom de sua voz parecia indicar que para ele essa era a melhor cena do mundo. -...Bem, você não pode entender esse sentimento crescendo aqui dentro. –O Homem Morcego colocou suas mãos ao lado do pescoço do Coringa e o levantou pela roupa derrubando a cadeira. Seus dentes estavam cerrados e seu olhar fixo no inimigo.

-Isso tem sido sempre entre nós. Por que você fez isso com ele? –Perguntou enquanto se segurava para não espancar a pessoa em sua frente. Pela primeira vez o palhaço respondeu seriamente a pergunta.

-Todas as vezes que jogamos, eu e você, eu perco. –Disse em um tom deprimido. –Eu estava ficando um pouco cansado de sempre perder. Eu pensei em tentar isso um pouco no modo fácil. –Arrogância agora era o que se via emanado daquele criminoso. –E foi fácil. Tão fácil como bater em um cachorro até a morte com um gatinho.

Arredores dos destroços de Metrópolis

Duas figuras se moviam em volta daquilo que pouco tempo antes ainda era uma cidade. Grupos de pessoas se encontravam ali. Alguns ainda ilesos. Outros com feridos e entre eles alguns que não haviam resistido. No alto se via uma grande luz verde. Era Hal Jordan. E com o poder de seu anel vinha trazendo mais alguns sobreviventes que viviam em áreas próximas da zona da explosão. A chance de alguém que estivesse dentro da zona sobrevivesse era muito pequena. Ele deixou as pessoas no chão e se virou.

-Estes são os últimos? –Mal teve tempo de terminar sua frase e a segunda figura apareceu. Uma mancha vermelha com uma pessoa em cada braço parou na sua frente. Era Barry Allen.

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⏰ Last updated: Jul 02, 2019 ⏰

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Injustice - Livro Um: Gods Among UsWhere stories live. Discover now