cap 1

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No dia do meu aniversário de 15 anos minha mãe me deu um dos melhores presentes da vida, ela me disse que eu iria morar com a minha tia Lola no Canadá. Eu era louca pra ir morar lá com ela e como eu não quis festa de 15 minha mãe me deu esse presente.
Um mês depois de me dar a notícia eu já estava com tudo pronto para ir morar lá.
Minha mãe estava agora ao meu lado no carro me levando para o aeroporto e falando o quanto ia sentir minha falta e o quanto ela me amava, confesso que meu coração estava apertado em ficar longe dela pq eu nunca tinha passado mais de dois meses longe e agora eu ia passar seis meses sem ela até que desse para ela ir me visitar mas férias.
A despedida de minha mãe foi longo e cheia de lágrimas de ambas as partes mas meu avião finalmente tinha chegado e eu estava muito ansiosa.
A viagem foi bem longa mas eu não liguei muito pois dormia maior parte do tempo e quanto dei por mim já estava pousando em Ontário no Canadá. Ao sair do avião pude avistar minha tia Lola segurando um cartaz enorme com meu nome escrito de glitter roxo, ela sabia que roxo era minha cor favorita por isso fez isso, eu corri até ela e abracei forte, fazia muito tempo que a gente não se via e eu gostava muito dela, tia Lola tinha 22 anos e era como uma irmã mais velha minha.
Pegamos minhas malas e fomos até o carro da minha tia, assim que entramos no mesmo Lola começou a me bombardear de perguntas.

- Como foi a viagem?

- Tranquila, dormi quase o tempo todo.

- E sua mãe como está? Chorou muito?

- Ela está bem, papai não pode nem estar lá pq teve que ir pro trabalho, ela chorou tanto que achei que ia ficar desidratada.

- Como foi sair do Brasil? Aposto que deixou muito amigos... E namorado?

- Amigos sim, namorado não.

- Então nada de namoro?

- Não tia, vc sabe que eu não sou de namorar.

- Mas achei que alguém tinha feito esse coração bater mais forte, até pq 14 e 15 anos é a época das paixões alucinantes e dos namoros sérios.

- Acho que não pra mim.

- Bom, mas mudando de assunto, como está seu inglês?

- Está fluente, fiz curso dos 8 aos 13 anos e está muito bom, sei ler, escrever, entendo e falo muito bem.

Disse isso em inglês.

- Que bom, pq eu tenho uma vizinha que quer muito conhecer vc só que ela fala inglês e não sabe absolutamente nada de português.

- Contando que ela não seja chata.

- Não ela é super legal, é mais velha porém ela é minha amiga tbm e eu adoro ela, te juro que irá gostar dela.

- Se vc está falando que irei gostar acredito.

- Ela vai fazer uma festinha íntima lá em casa hoje e chamou uns amigos e eu falei pra que fosse lá em casa pq os pais dela são meio chatos em questão de barulho e como lá em casa é só eu e eu durmo feito pedra eu nem ligo, ela leva os amigos pra lá direto pra fazerem algo, aí eles dormem lá já que a casa é grande e de manhã ou eles vão pra casa ou ficam na piscina aí eu vou pra piscina com eles qd ficam.

- Então quer dizer que sua casa está sempre cheia? E tem uma piscina?

- Sim tem uma piscina, sala de jogos, cinco quartos, sendo dois com suíte, um banheiro no andar de baixo, um no andar de cima e um na área da piscina, a sala de estar, a de jantar e a cozinha. Vc sabe como sua vó e seu avô são exagerados.

- Realmente vovó e vovô são bem doidos.

Meus avós eram bem de vida e pra ajudar minha tia era gerente de uma empresa e ganhava muito dinheiro, sei que é estranho uma jovem de 22 anos com todo esse poder mas minha tia estudou muito, ela já teve a sorte de começar a estudar um ano adiantada e acabou o ensino médio com 16, aí assim que saiu da escola já foi para a faculdade e com 22 anos já é gerente, rica, formada e tudo isso sem deixar de curtir a vida e sem precisar de homem pra bancar. Eu com certeza achava ela um exemplo maravilhoso, assim como minha mãe, eu não era pobre mas minha mãe não queria luxo, ela queria conforto, nossa casa era bem simples, grande mas não tinha nada de mais, eu estava em uma escola pública e não era mimada, eu gostava muito de estudar em escola pública e de não me sentir rica pq acho que isso me fez ser humilde.
Mas deixando meus pensamentos de lado, finalmente cheguei a casa, ao contrário do que eu achava era um casa como as outras da rua, não era uma mansão mas era uma casa grande, só que as casas ao redor tbm eram grandes. Logo de cara avistei uma menina de cabelos pretos e longos até a bunda, ela era baixinha, branca, com olhos castanho escuro e usava roupas como as minhas, já fui logo com a cara dela o que é difícil de acontecer, a garota veio em direção ao carro e minha tia abriu a janela para comprimentar a menina.

- Oiê Jessie.

- Oiê Lola, como está?

- Bem e vc? Está é Jenny, minha sobrinha de quem avia falado pra vc ontem.

- Oiê Jenny, tudo bem?

- Oiê Jessie, estou bem sim e vc?

- Ótima.

- Vamos entrar Jessie, depois passa lá para gente conversar, Jenny tem que arrumar as coisas dela e comer algo pq sei que ela está morrendo de fome.

- Estou mesmo.

Disse rindo.

- Tá bom, mais tarde passo aí.

Entramos na garagem da casa e entrei pela porta que tinha na garagem que dava direto pra sala de estar. A casa era bem maior que a minha mas não era luxuosa como pensei que seria.

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