Lih Na nunca teve uma vida simples, desde muito cedo aprendeu a correr atrás de seus sonhos, depois de perder a mãe precisou arranjar trabalho para conseguir se manter na escola até completar o ensino médio e sinceramente a vida não poderia estar...
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O relógio estava marcando 20:47, faltam apenas 13 minutos para o fim do meu turno na cafeteria, mas eu ainda tenho esperança que ele vá aparecer, ele sempre vem nesse horário só está um pouquinho atrasado, uma música calma do EXO propaga pelo lugar junto ao delicioso cheiro de café saindo das maquinas.Está tudo um pouco parado, devido ao horário, as mesas sempre cheias de universitários e trabalhadores em seu tempo de folga estão agora vazias com exceção três clientes que terminaram o seus cafés mais decidiram continuar a conversa e aproveitar o ambiente calmo. Fico nas pontas dos pés para ter melhor visão das portas duplas da entrada, e como num passe de mágica ele passa pelas portas, o observo enquanto ele caminha até o balcão de forma confiante, essa é uma discrição estranha quero dizer, como pode alguém ter "Passos confiantes", ele pode, tudo nele tem um ar de confiança desde o cabelo sempre alinhado aos ternos que o vestem tão bem. Ele se aproxima de onde estou e me oferece um sorriso o qual eu prontamente respondo com um 2 vezes maior.
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_ Boa noite, qual o seu pedido? – Pergunto apenas para seguir o padrão da cafeteria, porque na verdade já sei o que ele vai pedir, tem sido o mesmo pedido durante um ano inteiro.
_ O de sempre – Diz ele ainda com um sorriso no rosto – Como você está senhorita?
Ainda de costas pra ele por estar preparando o seu café expresso, sorrio ao responder sua pergunta de todos os dias.
_ Estou bem, senhor? – Digo em forma de pergunta, talvez hoje eu finalmente descubra seu nome, pensando bem acho que estou sendo inconveniente, sinto minhas bochechas corarem com o pensamento de ele tenha tido essa impressão.
Me viro lentamente esperando uma expressão zangada em seu rosto, mas quando o olho atentamente tudo que encontro é uma expressão de surpresa, a questão agora é que eu não sei se ele estar surpreso é bom ou ruim, depois de alguns segundos ele parece se recompor, e eu aproveito a deixa para deixar seu pedido ao lado da sua mão no balcão. Ele pega o café e começa a andar em direção a porta, mas quando eu já estava me dando tapas mentais por ser uma inconveniente, ele se vira.
_ Kim – Seus olhos sorriem – Você pode me chamar de Sr. Kim.
Enquanto ele faz seu caminho para fora, o maior sorriso que eu dei em meses se forma no meu rosto, e continua lá enquanto caminho de volta pra casa.
O ar gelado preenche meus pulmões, posso pela loja de conveniência e compro dois pacotes de macarrão instantâneo, que tem sido minha base alimentar desde que mamãe faleceu, não que eu não saiba cozinhar, mas as contas do hospitalares acumuladas me obrigaram a economizar em todos os aspectos possíveis, mês passado cortei meu cabelo para poder economizar o shampoo. Precisei continuar na mesma casa que vivia com a minha mãe, por ser o mais barato que o meu bolso pode pagar, ainda que correndo o risco de ser despejada a qualquer momento. Ao todo mantenho mais 3 empregos para conseguir me manter razoavelmente bem e insistentemente viva, as ruas vão ficando cada vez mais familiares e quando percebo estou em casa.
Ponho a chave na velha fechadura e empurro a porta que sempre fica meio emperrada devido a ação do tempo, entro, tiro meus tênis surrados e os deixo ao lado da porta para poder colocar os chinelos de ficar em casa. Olho a pequena prateleira próxima a porta do quarto que eu dividia com a minha mãe, e meus olhos como sempre focam em uma foto nossa de quando eu era mais nova, é irônico que estamos sorrindo como se nenhum problema jamais fosse nos alcançar e eu realmente acreditava que éramos imbatíveis juntas, até ela ser diagnosticada com câncer de pulmão, nós apenas o descobrimos quando já estava estágio avançado e tudo que os médicos podiam fazer por ela era tratamento paliativo, ela começou a perder peso e as crises de tosse se tornaram cada vez mais violentas e então um dia ela se foi.
Precisei trabalhar o dobro para me manter na escola e pagar as contas do hospital, sinceramente tinha dias que eu queria apenas desistir de lutar, mas sempre me lembrava da mamãe me dizendo pra ser corajosa, então continuei insistindo em permanecer em movimento, todos os dias olho para essa foto quando chego em casa e por pior que meu dia tenha sido sempre encontro forças pra continuar lutando, porque sei que ela jamais desistiria. Entro no banho para limpar meus pensamentos e relaxar os músculos tensos pelo esforço do dia, a água está morna o que proporciona conforto instantâneo, depois de terminar me enfio no meu pijama de panda e vou para a pequena cozinha preparar meu jantar, que termina antes mesmo que a minha fome, lavo as poucas louças em cima da pia, apago todas as luzes e corro pro quarto e entro dentro as cobertas o mais rápido que posso.
Sorrio ao lembrar do último acontecimento da noite, então seu nome é Kim, realmente combina com ele, repito seu nome uma e outra vez para fixa-lo na mente. Pego no sono com um sorriso idiota feliz no rosto.
Enfim o primeiro capitulo saiu!!! Vou tentar atualizar todos os dias mas não garanto nada,espero que vocês fiquem bem até lá ... Não esqueçam as estrelinhas e os comentários.
P.S:. Tem um livro que tipo um complemento de The Heirs sendo publicado ao mesmo tempo, funciona como uma playlist, com as musicas e suas respectivas traduções, que vão estar nos capítulos do livro original. Esta publicado como: Playlist The Heirs, é só olhar no meu perfil.
