Kiwi × l.s

It's none of your business

Seria estranho eu dizer que me sinto atraído pelo meu mais novo clichê? Ok, Harry Styles é um clichê que todos gostariam de ter alguma vez na vida. Bem, é meio impossível NÃO se apaixonar pelo Harry – e eu posso até talvez ter uma lista sobre isso, só talvez mesmo – voltando ao meu raciocínio, eu estou neste exato momento observando o dono das covinhas mais adoráveis que eu já vi em toda a minha curta e agitável vida. Certo, eu admito que sou otário demais pelas minhas paixões, segue normal.

Vamos lá, como eu, um garoto comum – nem tão comum assim, segundo Niall, pois ele diz que o tamanho dos meus glúteos não são normais – foi se apaixonar pelo roqueiro da voz rouca? Oh, é uma história muito longa. Porém, vamos aos fatos: 90% da faculdade, sejam homens ou mulheres, irão cair no conto "Harry BadBoy Styles" - e eu, obviamente, estou incluso nessa lista. Talvez, nem seja proposital o fato dele parecer um garoto Indie bem dark, estilo: "a solidão me fez roqueiro". Entretanto, o preto lhe faz bem e ele parece bem confortável (e muito atraente) com seu estilo.

A minha diferença para o resto das outras pessoas desta enorme instituição é que eu sei de um segredo que poucos sabem: Harry Styles é gay. Ou seja, minhas chances de ser notado são maiores, né? Espero realmente não estar parecendo mais iludido do que sou. Pelo menos, matematicamente falando, a probabilidade está ao meu favor. Eu acho, né.

É interessante observar o Styles, pois ele tem um jeito único de fazer coisas típicas e rotineiras, como por exemplo: a maneira em que ele fuma seu cigarro. Como ele faz isso ser tão atraente? Não sei, até porque antigamente eu não suportava fumantes e hoje em dia tenho atração por um. Irônico, não? Harry costuma usar seu isqueiro azul com desenhos de andorinhas – outra coisa que eu reparei, ele gosta muito de andorinhas – e espera um tempo até acender seu malboro e sentir a nicotina acalmar seu corpo.

Até hoje, eu cogito a ideia de que Harry Edward Styles deve ser algum deus ou filho de Afrodite, pois não tem como alguém ser tão belo e interessante. Ele possuí uma face madura e ao mesmo tempo delicada; seu pescoço e sua clavícula são dignos de estarem no museu do Louvre - se eu exagerei? Talvez. Certamente, Edward não é só mais um rostinho bonito, ele é a personificação de poesia.

Eu acho que o observei tanto, que o rapaz acabou percebendo, já que eu recebi um olhar verde curioso em minha direção. Se eu corei por ter sido pego no flagra? Pode ter certeza.
Harry se desencostou da pilastra e veio andando em minha direção, com uma mochila estilizada jogada no ombro direito. Oh meu Deus, ele tá vindo! Cadê o Niall para me ajudar quando se precisa? Bendito dia em que o loiro foi ficar de ressaca - nunca misturem bebidas, porque dá essa merda no dia seguinte, responsável por todo o arrependimento da bebedeira.

Eu não sei se ficava mais desesperado ou tentava me distrair encarando suas íris cor de esmeralda, ou até mesmo como eu gostava de comparar: um kiwi (Não me julguem). A cada passo dado pelo rapaz, mais meu miocárdio se acelerava e mais eu podia sentir seu inebriante cheiro cítrico. Ohhhh Lord!

— Perdeu alguma coisa? — Falou Harry, com sua rotineira rouquidão.

Tomara que eu morra, misericórdia.

— Aham, perdi o amor da minha vida. — Rebati, fitando suas esmeraldas.

— Touché. Só cuidado, pois eu não quero sumir, querido. — Ele piscou o olho direito e deu seu típico sorriso ladino cafajeste.

— Oh, não se preocupe. Nova Iorque é muito grande, se fosse para você sumir de tanto observado, já teriam feito tal coisa.

— Uh, você é destemido, isso é bom. — Ele sorriu. — O papo está bom, mas eu preciso ir. Até, Tomlinson. — Disse e saiu andando para o seu destino, até então desconhecido por mim. Talvez seja do seu curso de música, quem sabe.