Capítulo 3

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Marinette

Eu e o Chat Noir conversamos um pouco, eu as vezes acabei trocando algumas farpas com ele, pois, ele é engraçadinho demais para o meu gosto, ele parece ser um gato galã, mas só por brincadeira... Eu acho, as vezes era intrusivo demais. Ele estava fazendo algumas perguntas sobre minha vida, pois, a vida dele não estava disponível para ser ouvida no momento.
Mas ele acabou me contando algumas das coisas que ele passou.

— Espera... Está me dizendo que já lutou contra um demônio raposa? — Falo enquanto me sento ao lado dele segurando duas canecas de chocolate quente.
— Sim, foi tenso. — Ele responde e eu entrego uma caneca para ele. — Obrigado — Ele agradece.
— Eu afirmo que não consigo acreditar nisso — Rio colocando uma de minhas mãos em minha cabeça.
— Poxa... Tenha a mente mais aberta — Ele brinca e toma seu chocolate quente.

Tá, até que é bem legal conversar com ele mesmo não acreditando nessas maluquices.
Eu acabei pegando meu celular e me assustei com a hora.

— Três dá manhã?! — Exclamo enquanto olho para o celular quase deixando a caneca cair.
Ele deixa sua cabeça cair um pouco para o lado e me olha confuso — O que foi? — Ele pergunta.
— Eu tenho aula amanhã... Que começa às 07:15 — Suspiro.
— Pf... Você vai acabar dormindo na aula, praticamente faltam quatro horas para sua aula começar — Ele ri.
— Olho para ele com uma cara de brava — Isso não é engraçado!
— Então é melhor a princesinha dormir — Ele ri e aperta suavemente a ponta de meu nariz.
— Grr... — Eu fico um pouco com raiva do comentário dele.
— Calma moça... — Ele fala enquanto pega um lençol que estava amassado no sofá e cobre meus ombros com ele. — Está frio.
E realmente estava frio, pois, era de madrugada.
Tá... O Chat é bonzinho mas ao mesmo tempo irritante, atrevido mas ao mesmo tempo atencioso e descritivo. O jeito dele chega a ser muito charmoso, além de ser atraente.
Realmente é uma injustiça o que fazem com ele, pensar que ele é um criminal, assassino, monstro... A Alya estava certa, toda moeda tem dois lados.
Eu acabo corando levemente — É-é... Acho melhor eu... Ir dormir... — Falo me levantando, mas ele puxa meu pulso.
— Aonde eu vou dormir? — Perguntou o loiro.
— Não é óbvio? No sofá — Falo enquanto solto meu pulso.
— Poxa... Que má...
— Você ainda não viu nada — Falo e subo as escadas e chego em meu quarto. Logo eu subo em minha cama que era bem alta, me deito e fico pensando "o que foi que me deu?" Eu senti algo... Não sei explicar, é muito rápido para que eu sinta algo por ele, então com certeza não é isso... Ou talvez seja...
Depois de uma hora, eu simplesmente me levanto rapidamente, caminho até meu armário, pego um cobertor e um travesseiro e desço para a minha sala, aonde Chat Noir se encontrava dormindo... Sinceramente, ele parecia um anjinho dormindo. Eu peguei suavemente sua cabeça e coloquei o travesseiro em baixo o ajeitando, logo eu o cubro com o cobertor até o início de seu pescoço.
Eu logo volto para o meu quarto e me deito novamente em minha cama com a mente aliviada por não te-lo deixado dormir nesse frio sem um cobertor.
Na manhã seguinte eu me desperto e por reflexo pego meu celular e olho as horas, e quando eu as vejo eu arregalo meus olhos e me levanto bruscamente quase caindo dá cama. Eu tomo meu banho rapidamente, me visto, pego meu material e desço correndo. Eu estava indo tão rápido que acabei tropeçando, eu já estava pronta para me esborrachar no chão, mas Chat rapidamente me segura, eu logo coro pois eu estava envolvida em seus braços

— Cuidado — Ele diz e logo me equilibra de volta.

Eu tomada pela pressa acabo simplesmente pegando uma torrada fria que sobrou, enfiei em minha boca e sai correndo de minha casa indo em direção a escola.

Chat Noir

Tá, foi estranho, ela não falou nada, literalmente enfiou uma torrada na boca e saiu.
Bem, o importante não é isso agora, minha transformação vai acabar, eu vou ter que me afastar, o que é uma pena pois... Eu acho que gostei dela, ela se faz de má, mas ela é realmente muito gentil, não sei o porquê dessa distância dela... Bem, eu acabo tentando me manter afastado apesar de meu instinto felino e hormônios me dizerem para fazer outra coisa.
Tá, eu posso estar interessado nela, mas vou ter que ir por causa de minha transformação, quando ela chegar eu irei avisa-la, pois, seria de muita ingratidão sair assim sem avisar depois do que ela fez por mim.

A Lua, o Sol e a Verdade - AU - Marichat/Adrinette Onde histórias criam vida. Descubra agora