about flowers • johnlock one

🌠capítulo único 🌠

flor margarida significa inocência, juventude, virgindade, sensibilidade, pureza, paz, bondade e afeto.

"Quando você vai assumir suas responsabilidades, John? Estou velho e cansado, não vê?"

Watson estava no sofá, com um copo cheio de sorvete e meias, sinceramente, não escutava as palavras do pai com atenção. Não era sua culpa, ele tentava, mas trabalhar em uma floricultura não era o seu plano.

"Você vai trabalhar naquele lugar. Ele é seu. Ou é ele ou é a rua."

O mais velho balançou a cabeça negativamente e deu as costas. Não mentia, estava cansado de trabalhar e sustentar tudo sozinho. Seu filho precisava levantar do sofá.

John desligou a TV, alisou a calça jeans e desceu até a loja de flores, o aroma de várias essências lhe atingiu, sabia que em poucos minutos estaria espirrando e desejando subir novamente.

Tentou imitar o que seu pai fazia na floricultura, ou seja, limpar o chão, regar as flores e esperar os clientes sentados. Naquela época do ano, as margaridas eram predominantes em todo o país, e essa era a única flor que John apreciava, gostava de seu significado e da estética.

O sino tocou pela primeira vez naquela tarde ensolarada, um rapaz alto passou por a porta e foi direto para as margaridas, pegando um punhado e levado para o caixa, onde Watson se encontrava.

"Cadê o senhor Watson?"

O moreno tinha uma voz baixa, quase sussurrava, e não olhava nos olhos do outro, que contava o troco.

"Dormindo, possivelmente."

Ele fez um barulho nasal e caminhou até a porta, mas parou assim que pôs sua mão na maçaneta.

"Aqui não é tão ruim. As flores são amigas, fale com elas."

E riu, abriu a porta e correu até o outro lado da rua, desaparecendo entre tantas pessoas.

John não pode se conter, andou lentamente até uma margarida. A flor branca e delicada sempre lhe aqueceu o coração.

"Como é a vida de planta?"

Balançou a cabeça, ainda com um sorriso no rosto.

"Entendo. As abelhas incomodam?"

Não acreditava que estava conversando com as margaridas, qualquer um que o visse naquela posição iria pensar que ele era um idiota, bem, ele era.

Poucos clientes apareceram naquele dia, apenas compras pequenas. Porém John tinha se divertido.

As flores eram legais, lhe entendiam e lhe escutavam.

Se visse o garoto das margaridas novamente, agradeceria por a ajuda.

No outro dia, John fez as mesmas ações. Vestiu-se e desceu as escadas apressadamente, espantando seus pais por estar tão feliz. Abriu a loja, molhou as plantas e sustentou uma conversa leve com elas. Contanto sobre a infância, paixões e filmes.

Estava tão distraído com as pequenas flores que não percebeu que o garoto das margaridas estava do seu lado, com dedos sobre os lábios e o olhando de uma forma estranha, John julgou.

"Só vim buscar elas."

Apontou para as margaridas, puxando mais um punhado delas, como no outro dia.

Pagou a sua compra, já na porta, com a mão na maçaneta, virou-se para John.

"Vi que conversa com elas, por isso essas estão mais bonitas."

Ele é estranho, John sussurrou sozinho.

O resto do dia foi cheio, um noivo e uma mulher possivelmente casada compraram metade do estoque de rosas, além de comprarem essências e jarros decorados.