Baby

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-Euqueroteronossofilho!

Falei de uma vez só antes que a coragem sumisse totalmente do meu corpo.

-Eu não entendi porra nenhuma, puta merda fala direito!

-Antes de tudo eu preciso que você saiba que a minha decisão depende também da sua, eu não quero que ache que isso é uma coisa impulsiva.

-Fala logo!

Camila já se mostrava impaciente e mais que irritada.

-Eu quero ficar gravida, Camila, eu quero ter o nosso filho.

-Como é? Lauren, você não pensou nisso direito.

-Eu pensei, não só pensei como fiz todos os exames e não so pensei como marquei uma consulta pra inseminação na quarta-feira e é obvio que se você não quiser ir eu não vou fazer isso sozinha, são seus óvulos agora e eu so emprestaria uma casinha aconchegante por alguns dias.

-Alguns dias? Nove meses, meu amor...e a sua carreira? Você quer se afastar disso?

-Lembra quando estávamos em paris e você me perguntou o que eu queria fazer quando acabasse isso tudo?

Camila assentiu e eu continuei com o meu discurso

-Camz, eu falei serio sobre abrir uma escola para crianças, uma coisa só nossa sem tudo isso do mundo glamoroso do esporte.

-Você tá mesmo falando sério?

-Sim...

-Na quarta, huh?

Sorri me aproximando para abraçá-la.

-Na quarta!

Meu contrato com o clube estava no fim e a reunião para uma tentativa da parte deles de renovar aconteceu um pouco antes da nossa consulta, definitivamente eu não iria renovar um contrato visando uma gravidez. Camila me esperava na clinica e assim que deixei o prédio com alguns documentos na mao e algumas coisas do meu armário dei adeus ao meu antigo centro de treinamento e dirigi até onde minha esposa estava. Por mais que eu adorasse nadar nada nesse mundo me importava mais agora do que uma família com Camz.

-Você demorou!

Avistei Camila no estacionamento.

-Por que não entou?

-Eu queria entrar com você.

Abracei sua cintura e seguimos para a clinica.

-Você sabe o nome da medica?

Perguntei.

-Verônica, eu acho.

Camila e eu entramos na sala e Verônica fez questão de explicar passo a passo, os óvulos de Camz já estavam prontos e o espermatozoide do doador também e o material fecundado seria implantado em mim e isso não doeria nada ou demoraria muito.

-Você pode se sentar ali, Lauren.

Minha medica apontou para uma cadeira e eu assim fiz.

-A Camila pode ficar?

Perguntei receosa.

-Claro que sim, inclusive pesquisas apontam que quanto mais relaxada a paciente estiver maiores serão as chances de que tudo ocorra bem.

Verônica deu um sorriso, ela estava insinuando o que eu acho que ela estava?

O procedimento foi rápido, a médica usou algo como uma agulha de plástico para introduzir o material e deixou Camz e eu sozinhas na sala enquanto eu ainda estava com as pernas pro ar naquela cadeira enorme.

-Como você se sente?

Camila perguntou acariciando minha cabeça de pé ao meu lado.

-Um pouco tensa.

-Acho que eu posso te dar uma forcinha nisso.

Ela saiu do meu lado e caminhou até o meio das minhas pernas descobrindo um pouco os lençóis e sentando no banquinho em que a medica estava agora a pouco.

-O q...que vo...você vai me chupar agora?

Camila tirou a cabeça de lá e voltou a me olhar.

-Mas ela disse que isso poderia ter ajudar a relaxar, só estou tentando ajudar nosso filho, okay?

Isso é sério?

Senti a língua de Camila em mim e seus movimentos lentos e precisos me fizeram segurar o gemido, meu deus estamos um hospital e eu preciso me controlar.

-Porra, Camz...

Gemi seu nome arrastado enquanto mordia meu lábio na tentativa de não fazer muito barulho.

Camila começou a a acelerar um pouco as coisas até que ouvimos batidas na porta. Minha esposa se apressou em se colocar ao meu lado outra vez enquanto passava a palma da mão boca se limpando.

-Arruma o cabelo!

Eu disse e Verônica entrou e assim que notou o ambiente segurou a risada interpretando que nos havíamos seguido o seu conselho.

-Então...tudo bem por aqui?

-Sim!

Camila disse antes de mim que ainda estava me recuperando da frustração de não ter gozado.

-Lauren?

-Tudo bem...

-Vocês estão prontas pra ir? Já esta tudo okay e vamos esperar o resultado.

-Eu posso andar normal ou...?

Veronica deu uma gargalhada.

-Pode andar normal, comer normal e inclusive transar normal.

-Isso é ótimo de se escutar!

Olhei pra Camila incrédula de que ela tivesse dito aqui aquilo enquanto Verônica se divertia com a nossa interação 

-Pode se trocar e ir pra casa, Lauren. Vejo vocês na próxima consulta. Boa sorte!

Camz não me deixou dirigir na volta pra casa e me preparou um banho e depois um jantar todo especial.

-Isso tudo é pra que, amor? A gente não sabe ainda se deu certo.

-Isso é só o óvulo da mamãe Camz agradecendo a mamãe Lo por nos abrigar por esse tempinho.

-Você não existe.

A beijei sentindo o seu gosto misturado ao vinho que ela tomava e segurei sua cintura apertando forte enquanto andávamos em direção ao nosso quarto.

-Seria estranho falar que eu me sinto invadindo o espaço do nosso filho se eu transar com você agora?

-Você tá brincando?

-Tô! Você precisava ver a sua cara.

Ouvi a gargalhada alta de Camila enquanto eu estava parada no meio do corredor como uma idiota.

-Babaca!

Gritei indo em sua direção.

Just keep swimming (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora