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-Você vai me levar pra uma cabana?

-Claro não,  assisti a aquele filme e não quero passar por aquela situação.

Camila estava impaciente dirigindo enquanto eu te passava as coordenadas que via no GPS do meu celular.

-Chegamos!

Falei enquanto ela estacionava no tal lugar aparentemente calmo onde ninguém me pararia para tirar foto ou qualquer coisa do tipo. Isso estava frequente agora.

-Que lugar é esse?

-Vem, vamos entrar, tenho reservas.

Falei assim que a encontrei entrelaçando nossas mãos.

Andamos por um caminho de pedra entre um gramado impecável, o lugar era muito bonito e bem vazio. Camila e eu paramos na recepção e dei o meu nome fazendo com que a mulher com um uniforme vermelho nos conduzisse por um Lob até um restaurante que era algo entre simples e aconchegante.

-Dinah indicou, queria ter um pouco de paz com você.

-Amor, eu adorei.

Puxei a cadeira para ela se sentar e me sentei em seguida. A mesa era aquele clichê italiano com toalhas quadriculadas e algumas torradas com azeite.

-Eu tô sendo um amor hoje, não é? Quero uma super recompensa.

Falei brincando mordendo o lábio fazendo Camz sinalizar não com a cabeça.

-Tá estragando! Pode voltar a Lauren de dois segundos atrás que não pensava em sexo antes de qualquer coisa.

Olhei para o seu sorriso por alguns instantes, adorava o maxilar definido dela, adorava o jeito que os dentes prendiam a língua, adorava qualquer coisa naquela moça.

-Ei, para de me encarar!

-Desculpa!  Você é muito bonita não consigo resistir.

Ela revirou os olhos.

Um garçom se aproximou nos deixando o cardápio:

-Vocês desejam pedir alguma coisa agora?

-Um especial da noite, por favor.

Falei seguindo a indicação de Dinah

-Dois na verdade.

Camila completou.

-Algo pra beber?

-Amor?

-Pode ser água. Falei

-Não vai beber vinho?  Hoje você tá liberada pra beber. 

-Não quero beber sem você.

-Tá bom...cadê a minha namorada e o que você fez com ela?

-Pode parar com isso.

O garçom saiu e Camila estendeu a mão alcançando a minha sobre a mesa acariciando-a.

-Eu tenho uma coisa pra você, na verdade são duas coisas.

-Sou toda ouvidos. Camila disse me olhando nos olhos.

A musica instrumental estava baixa e o clima meio frio maravilhoso, tirei a caixa do bolso minha jaqueta e abri mostrando-as para Camila.

-Eu queria esperar até você conhecer meus pais já que a senhora é da década passada, mas Camz vamos deixar as coisas mais...hm...sérias?

-Tá querendo casar comigo, Jauregui?

-Não amor, não ainda...só quero que as pessoas saibam que você não tá solteira.

Peguei o anel e coloquei em seu dedo, suas mãos estavam frias, mas mesmo assim me causaram uma sensação quente indescritível. Camila pegou a outra e a colocou no meu dedo e ficou olhando para as nossas mãos assim como eu fazia. Paramos porque o garçom chegou com o nosso jantar.

-Obrigada. Camila disse assim que o homem saiu e atacamos juntas as massas.

-Dinah tá de parabéns por ter te feito me trazer aqui!

-Que macarrão sensacional, será se eles fazem entrega?

-Lo, nem tente.

-Vai começar a controlar tudo que eu como de novo?

-Vou!

Assim que acabamos o jantar Camz e eu fomos para o carro, a abracei assim que chegamos a ele e a encostei beijando seu pescoço.

-Não pode esperar chegar em casa?

-Eu nem tô fazendo nada...

Mordi seu pescoço sem a intenção de marcar e fui em direção a sua boca. Camila encontrou a minha língua e o clima foi ficando mais intenso. Fiz a besteira de colocar uma de minhas mãos em sua coxa exposta pela saia curta e ela interrompeu tudo.

-Não tá fazendo nada? Vamos pra casa, quero chegar logo.

-Pra que? Tá tão gostoso aqui.

Afundei minha cabeça em seus cabelos.

-Vai ficar bem mais gostoso, amor. A olhei com um sorriso um tanto malicioso e entrei no carro a vendo dar a volta e entrar do seu lado.

Camz se sentou no banco e assim que saiu do estacionamento pousou uma de suas mãos na minha perna me fazendo um carinho delicado, dei a minha mão a ela me lembrando de que meus pais sempre faziam isso quando estavam dirigindo, desde que me lembro das viagens em família era assim, minha mãe segurando a mão do meu pai e a acariciando. Ri da lembrança e entrelacei nossas mãos.

-Qual a graça?

Camz interrompeu o silencio.

-Eu só estou feliz? Não posso estar feliz?

-Como você vai de namorada mais fofa do mundo para essa pessoa grossa, hein?

-Eu já te falei que tenho transtorno bipolar não diagnosticado.

-Você não me falou nada disso, não quero mais esse relacionamento.

Seu semblante era sério.

-Não tem devolução!

Aproximei-me da sua bochecha e dei um beijo.

-Eu amo você.

-Eu também te amo.

Just keep swimming (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora