Dusk till dawn

The new life

Kate Fuller

"Amor verdadeiro, é quando você aprende a amar mesmo quem é indigno"

Acordei um pouco atordoada, passei a mão pelo meu rosto e me sentei sobre o colchão...duro e nada confortável daquele hotel meia boca da cidade do méxico. Fazia exatamente seis semanas, que eu tinha largado tudo e seguido a "vida do crime" ao lado de Seth Gecko, o pior bandido da américa latina, que roubou trinta milhões de dólares do banco. Enfim, toda noite eu tinha o mesmo pesadelo...quando fechava os olhos, a única imagem que via era a do meu pai, e das minhas mãos segurando aquela estaca de madeira improvisada...e toda vez que eu perfurava o seu coração, era o momento que eu despertava. Por isso, eu acordava gritando e toda suada, mas o Seth não é o tipo de cara que se importava, só fingia que se preocupava...afinal, isso não era bom pros negócios.

    — Eu sinto a sua falta Daddy

Murmurei baixinho, e logo apos ouvi a porta do quarto ranger, praguejei e rapidamente peguei a arma da comoda e apontei pro cara que apareceu. Com a respiração pesada, eu pude reconhecer o meu parceiro...o homem esboçou aquele maldito sorriso e ergueu as suas mãos num gesto de rendição. Eu revirei os meus olhos, e abaixei a arma, ouvindo ele dizer que eu tava ficando "boa nisso."

  — Hum, não mesmo "parceiro". Se eu fosse boa o suficiente, não teria hesitado antes de puxar o gatilho.

Ele ignorou aquilo, e eu dei de ombros, pegando algumas toalhas limpas e fui ate o banheiro...mas antes disso escutei o Gecko falar pra eu deixar a porta destrancada. Óbvio que isso nunca ia acontecer...afinal o cara poderia ser um tarado ou sei lá. O fato é que os irmãos Geckos não eram confiáveis.

— Vai sonhando.

Tomei um banho rápido, permitindo que a água molhasse todo o meu corpo, eu estava nua embaixo do chuveiro...a não ser por aquele crucifixo no meu pescoço. Apesar sa minha vida estar de cabeça pra baixo, eu ainda tinha fé que algo bom ainda iria acontecer. Talvez fosse ingenuidade minha...

Estados Unidos/Washington

Kisa, ainda estava com o Richard, viajando pelo mundo em busca de vingança. Mas tudo se complicou ainda mais ao longo dos meses...afinal nada podia saciar a fome da "deusa", e por isso muitaa pessoas inocentes foram mortas, o que atraiu a atenção do Rinche Gonzalez...um homem que tinha perdido tudo, até a si mesmo por causa de uma vingança estúpida. Agora ele vagava sem rumo, construindo armas que pudessem destruir os "culebras". Um tipo de vampiro/cobra que se alimenta da alma das pessoas...o único jeito de matà-los é: bom, vocês irão descobrir isso depois.

Kate Fuller

Me vesti e voltei pro quarto, vendo o meu "colega" tomando cerveja e comendo um hambúrguer do Kahuna...era bem típico dele. Então me aproximei e me sentei do seu lado, pegando a minha arma e limpando a mesma com um lenço.

— Kate, se arruma ok? Daqui a meia hora temos uma missão

Suspirei e apenas fiz que sim com a cabeça. Logo a minha atenção foi parar na tatuagem enorme que o garoto tinha no braço...as marcas subiam até o pescoço. Eu fiqueu corada, ao ver que ele tinha me notado.

— Algum problema Katie?

— ahn, nada não. Eu só queria saber porque alguém iria tatuar o braço inteiro.

Desviei o olhar dele, e afastei a garrafa de cerveja da mesinha. O Seth tinha problemas com a bebida, desde que se separou do Richie, o outro irmão que era meio sociopata.

— Sei, eu falo se me disser qual é o motivo da sua insônia. Parece que algo vem te atormentando.

Fiquei calada e logo vi ele olhar pro crucifixo no meu pescoço, pela sua expressão ele tinha vontade de arrancar aquilo de mim...e jogar fora. Mas não fazia, por algum motivo.

— Sim, estar nessa m***de hotel com você tem me atormentado. Qual é Seth, você disse que ia ser divertido.

Me levantei da cadeira já nervosa e ele fez o mesmo, estava olhando diretamente pros meus olhos.

— Me desculpa, se não te levei pra um cruzeiro de luxo, eu não tenho dinheiro pra isso...e que eu me lembre foi você que implorou pela minha companhia.

— O que!? - Exclamei já com a voz alterada. — Você queria a minha companhia Seth, afinal eu sou útil pra você...distraio os caras, enquanto você rouba toda a grana

Levantei a sobrancelha

— Tá enganada Kate...eu sou um Gecko, não preciso de você pra nada, me ouviu?

Ele segurava o meu braço, com força. Fechei meus olhos assustada e ele logo me soltou, passando a mão sobre a barba mal feita, ficando de costas pra mim.

— Fuller, por que toda a noite você grita o nome daquele velho? Ele já morreu no templo...eu já te disse, você não tem mais nada.

Ele se virou pra mim, e eu engoli em seco.

— Todos aqueles que você amava morreram. Eu sei que é dificil love,  mas tem que superar

Naquele momento,eu apenas contive as lágrimas e peguei a minhɑ mochila, cruzando a porta e apenas sentindo uma arma apontada na minha cabeça.