Recomeços

3

   Ouço Oliver contar a historia que eu nem sabia que existia, senti meu mundo desabar por inteiro, eu não queria mais ficar pra ouvir tudo aquilo, na verdade eu não sabia o que eu tinha na cabeça de vir aqui procurar este homem, no momento só quero sair daqui e pensar em tudo isso.
E sem pensar com as pernas tremulas eu sai correndo mesmo ouvindo a porta sendo aberta e vários gritos do meu 'pai' me chamando, eu não parei eu não queria ouvir tudo aquilo novamente eu precisava estar longe.

Depois de um tempo andando sem rumo pois a burra deixou a caminhonete la eu paro em uma calçada e fiquei sentada pensando, e com as lágrimas quase caindo, sinto alguém sentar do meu lado, sabia que era ele, só não tinha forças pra olha-lo.

"O que quer Oliver?"- perguntei num tom chateada e rudie. Não iria mais chama-lo de pai pois ele nunca foi, não lutou por mim, só fugiu do problema com a dúvida.

"Não me chama assim Amélia, por favor, me chama de Pai"- disse num tom triste.

"Como você quer que eu te chame de Pai depois de tudo o que você me fez? depois de tudo o que eu ouvi? Você nunca foi meu pai, nunca se preocupou em saber a verdade, foi um erro eu vir aqui!"-falo arrependida e triste.

"Não é verdade, eu não me preocupei porque sua mãe tinha me garantido ter certeza que você não era minha filha e depois da traição dela eu não suportei, teve que ir embora ela o escolheu e isso me destruiu.
Escolheu ficar com ele não comigo! PERDOE-ME!"- falou num tom alto e arrependido.

"Sabe ela me dizia que você nos largou pra ficar com outra mulher mesmo sabendo que estava grávida e eu acreditava"-vejo seu semblante assustado

"Se eu soubesse jamais deixaria você, lutaria pelas duas. Nunca fui embira com mulher, conheci minha esposa quando ja tinha acabado a faculdade.
Eu perdoei Lauren da traição de verdade, nós éramos jovens e meus pais sabendo oque havia acontecido eles decidiram me levar para longe pra estudar e ser oque sou hoje e foi bom me afastar dos dois porque eu estava sofrendo de saber que o meu melhor amigo havia me enganado e meu amor e o bebê que almejava que fosse meu não era"- e pela primeira vez olho pra ele e vejo aqueles olhos verdes igual os meus com lagrimas.

Suspiro e olho a paisagem pensando em tudo que havia dito, minha mãe não podia fazer oque fez mas pelo menos sempre me deu amor e carinho não tenho como a odiar.
Observo os seus traços iguais aos meus olhos verdes, só cabelo que puxei minha mãe pois o dele é loiro. Bem não tenho que odiar,ele é meu pai e finalmente terei a oportunidade de ter alguém de figura paterna, penso até chegar a uma decisão e dar uma chance pra ele e também dele se explicar melhor.

"Me desculpe eu não devo julgar assim, não sei o que se passou por fazer isto mais algo me diz pra confiar em você então eu perdoou não foi só sua culpa, mas depois você querer saber de tudo direitinho viu?!"-falo tentando sorrir

E assim ele abriu um sorriso largo e me abraça, ficamos uns segundos abraçados.

"Prometo não te decepcionar minha filha e sinto muito pela sua mãe eu a amava e estou triste também"-diz me pegando desprevenida e concordo com lagrimas.

"Vamos pra casa filha conhecer minha família"-diz me dando a mão e me guiando ate seu Ford Mustang vermelho.

"Lindo esportivo voce tem"-falo olhando aquela maquina e ele ri

"Sim, vejo que conhece de carros igual a mim, quem sabe não compramos um pra você"-fala vendo meus olhos brilhar.

"Conheço sim e amo, mamãe dizia que nisso havia puxado meu pai, mas melhor não trocar o meu mas obrigada, a minha velha picape me da lembranças boas porque eu e mamãe compramos juntando cada centavo "-falo meio triste e sem graça entrando no carro

"Claro, não quero interferir nisso podemos, dar uma reformada na pick up então oque acha? "-pergunta e concordo sorrindo feliz com a ideia.

No caminho ele foi me falando sobre a família dele. Contou que tinha uma enteada chamada Hailey que tinha minha idade 20 anos; falou sobre a mulher dele Abgail aquela cobra da porta e disse como a conheceu, e assim fomos até chegar naquela linda mansão que não tinha notado antes mas é de tirar o fôlego.