SECRET || Jack Gilinsky

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— Alô. - ela controlou a respiração pra atender. — Sei, eu sei sim. Meia hora? Não consigo chegar lá tão rápido, Nash.

Ela ficou um tempo em silêncio.

— Merda. Eu dou um jeito.

Blair desliga o telefone, e olha pra mim com uma expressão difícil de decifrar.

— O que ele quer?
— Eu.
— Como assim?
— A Alexis cancelou de última hora a entrevista que ela ia fazer com a Nina Dobrev. Sobrou pra mim.

Balancei a cabeça, sorrindo.

— Entrevistar uma figura de Hollywood, que coisa chata. - ironizei.

A Blair se formou em jornalismo no começo do ano passado e desde então trabalha pra Espectator, uma revista aqui de Los Angeles que fala sobre a vida dos famosos, tendências da moda e mais um monte de inutilidade que as pessoas consomem 24h por dia.

Pessoalmente falando, eu não curtia muito. Mas esse era o lance dela, e dava pra perceber que ela se dedicava tanto, porque gostava do que fazia. Tanto que aceitou pegar essa entrevista de última hora.

Uma merda, por que eu ainda queria gozar.

A filha da mãe ficou com todo o prazer. E eu aqui de pau duro.

Palhaçada.

— Não é tão legal quanto parece. É desconfortável pra mim ficar perguntando um monte de coisa. Eles nem sempre querem responder tudo, e acaba pegando mal pra mim. - ela se explicou enquanto levantava.

Pegou sua bolsa preta, calçou os sapatos e ajeitou o vestido.

Arrombada sexy do caralho viu, puta merda.

— Blair.
— Ham. - ela diz enquanto procura a chave do carro na bolsa.
— E agora?
— Agora o que?
— A gente acabou de ficar de novo, mano. E o Brian não tem nem ideia disso que tá acontecendo. Tu não se sente nem um pouco errada não?

Blair respirou fundo.

Aquela pergunta repentina deve ter atingido ela tipo uma bala. Foi rápida, e na hora ela não sabia o que responder.

Quando ela finalmente conseguiu pensar numa resposta, o silêncio da sala se transformou numa pergunta que me atingiu tipo uma bala.

— Se eu me sinto errada, ou não, é um problema da minha consciência. Deixa que eu cuido disso sozinha. Ou será cuidar do seu sentimento de culpa por trair o melhor amigo não tá sendo suficiente?

Engoli seco.

— Nós dois estamos errados. - respondi enfim.
— É. Mas não fui eu quem te pediu pra vir. Você veio por que quis.

Ela coloca a bolsa no ombro e sai da sala.

Filha da puta.

Continua...