Confundi com cansaço
O acordar diário
A repetição, o acaso,
O mais inútil relicário,
Pensar que tem milhões
Mas no final ninguém ao lado,
Um muro de ilusões
Intransponível, adubado,
As teclas já sem tom
Formando frases ao acaso,
Nos fones o mesmo som
Trazendo coisas do passado,
O que há de errado comigo?Não consigo mais ler um livro
Sou indiferente as notícias
Esporte, tragédia ou política,
O que há de errado com todos?
Conhecem um pouco de tudoMas não sabem a regra do jogo
Mais jogado em todo o mundo,
Confundi com cansaçoMas é apenas rotina
Que consome os meus dias.
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Via Láctea
PoetryPoemas em versos livres que buscam decifrar o que resta da consciência humana. Escrituras sobre o encanto que a muito se dissipou, se esvaiu sob o sangue e terra misturados, cenário que só a ignorância pode proporcionar.