Seven

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                 Jimin

ZiTao sai agarrado com Baekhyun e vejo Chanyeol olhar torto para o loiro, provavelmente por ciúmes. O impressionante é que ele passou a gostar do pequeno muito rápido, os dois vivem juntos e é até bonitinha a relação dos dois.

Paro de pensar no "casalzinho" e olho para o lado e vejo Jeon JungHyun irmão mais velho de JungKook conversando com MinHee e a vejo sair com o mais velho às pressas acompanhada de Jongin e Ban-Ryu, sobrando somente eu e JungKook naquela sala.

- Jimin, se eu fosse você iria pegar suas armas e por sua roupa de combate rápido, porque a situação está séria e com certeza ela vai precisar de você lá para ajudar a pôr moral. - JungKook se pronuncia educadamente como sempre.

- Mas o que está acontecendo?

- Até onde eu sei parece que os soldados novos chegaram e provavelmente vão precisar dos seus superiores presentes para impor moral. - tentou explicar.

- Você também deveria estar lá, você é um dos poucos capitães desse exército praticamente invencível, você principalmente. - tentei argumentar mas foi em vão.

- Não sou invencível, apenas batalhei muito para chegar onde estou, sou vencível assim como qualquer outro, e eu recomendo se apressar a trocar seus trajes. - concordo e subo o mais rápido possível para o meu quarto para trocar minhas vestes.

Ao chegar no meu quarto tiro rapidamente minhas roupas e coloco as roupas de combate, ao terminar de por minhas roupas olho para a minha espada de duas mão canto do quarto cogitando a possibilidade de eu usá-lo ou não.

Por via das dúvidas eu pego minha espada, a coloco na bainha e prendo nas minhas costas, desço e vejo JungKook ainda a minha espera.

Ele só percebe minha presença quando eu chego perto dele, então ele olha para mim depois para a espada presente nas minhas costas e me olha surpreso pela arma que eu uso.

Saímos do castelo e fomos para os campos de treinamento onde os soldados novos estavam. Ao chegar lá, vejo MinHee ainda parada na frente de todos, apresso meus passos e me ponho ao seu lado e logo todos os outros também se posicionam.

- Olá soldados, fico feliz em vê-los aqui. Se estão aqui quer dizer que tiveram coragem e poucos são os que tem coragem de vir aqui e aceitar a se submeter a diversos exercícios físicos pesados depois que passaram pelo reino de Obsidiana. Venho aqui lhes informar que não será fácil permanecer aqui e esses ao meu lado serão seus treinadores, cada um deles é especializado em algo. Espada, -ela aponta para mim o que é uma surpresa ela me considerar. - Arco, - aponta para si mesma. - Magia, - aponta para Ban-Ryu. - Luta corporal e manejo de armas pequenas. - diz apontando para os irmãos Jeon's.

" Vocês poderão escolher no máximo 3 categorias para lutarem, mas para permanecerem em suas categorias deverão merecer, lutar arduamente para continuar aqui, e eu espero não ter que punir ninguém, muito menos tirá-lo de meu exército. Mas é claro que vocês terão mais tutores de cada categoria, não serão apenas nós, os superiores de cada esquadrão irá lhes chamar para irem para os seus devidos recintos, e assim eu termino este anúncio. - ela se retira do pequeno palco e volta em direção ao palácio, e todos nós a seguimos.

Depois de entrarmos no palácio cada um de nós se jogou em um espaço disponível no sofá presente na sala e ali ficamos, até escutar o tintilar de metal soar pelo local e olharmos MinHee dormindo no chão.

Ela estava tão cansada do dia de hoje que deitou no sofá dormiu e caiu no chão, nem chegou a tirar a armadura, solto uma pequena risada pela cena e vou até ela para retirar a armadura do corpo dela para ela ficar mais confortável.

Os outros só observavam a cena sem falar nada, depois que retirar a armadura dela a peguei no colo e a levei para o quarto.

Quando eu cheguei no quarto dela foi um pouco difícil abrir a porta mas eu consegui, ao entrar no quarto reparei que era o maior de todos e chegava a ser maior que o antigo quarto dos pais dela.

A coloquei na enorme cama presente no meio do quarto com a cabeceira na parede com um dorsel, retirei os sapatos dela e a ajeitei na cama e me estiquei um pouco para pegar a pelúcia que estava do outro lado da cama que era bem espaçosa para uma pessoa só ou até duas.

Coloquei a pelúcia entre seus braços e a vi abraçar com mais força a pelúcia e se acomodar mais na cama, a cobri e sai do quarto e fui direto para o meu.

Entrei no meu quarto ainda pensando na cena fofa que eu tinha acabado de presenciar, retiro minhas roupas e coloco minha espada em seu devido lugar e vou tomar meu banho.

Depois de ter tomado um banho, muito relaxante por sinal, coloco apenas uma peça íntima e vou em direção a minha escrivaninha voltar a ler meus amados livros.

Pego um livro sobre magia e vejo que era um dos livros antigos que eu tinha pego da biblioteca.

Fico olhando cada um dos feitiços e magias que eu poderia fazer e vejo uma interessante, eu poderia transformar uma rosa de gelo em uma rosa de inverno.

Me concentro em fazer a rosa de gelo primeiro e ao ver que consegui fazer isso perfeitamente, vou para o segundo e último passo, transformar aquela rosa de gelo em uma rosa de inverno de verdade, repito as palavras encontradas no livro e vejo a rosa de gelo brilhar e virar uma rosa de inverno de verdade.

Seguro a rosa e fico a observando, até que eu tenho uma idéia, coloquei a rosa em uma bolha de geada que era praticamente transparente e sai do meu quarto e fui em direção ao quarto de MinHee.

Abri a porta do quarto dela e fui silenciosamente até a escrivaninha dela e coloquei a rosa que agora parecia ter pequenas estrelas nela pelo brilho nela presente.

Sai da mesma forma que entrei e voltei as pressas para o meu quarto com medo de ser descoberto.

Me joguei na minha cama sorrindo igual bobo por ter feito algo do tipo para a garota que eu tanto amo.

Olho para a minha espada guardada no canto e um leve frio corre na minha espinha, o medo de ter que usar essa espada e meu cerne novamente em batalha me corroeu, e mais que nunca eu desejei que uma guerra não aparecesse.

Lembranças me atingiram, a forma de como eu descobri meu cerne me vieram em mente e senti meus olhos marejarem e as marcas nas minhas costas doerem, sem ao menos perceber lágrimas grossas começaram a escorrer e eu tentava secar as lágrimas que não cessariam tão cedo.

Sinto minhas orelhas e cauda se fazerem presentes e as lágrimas vêem com ainda mais força, me encolho sentado ali mesmo na cama e me ponho a chorar.

Não sabia se os outros poderiam escutar meus soluços, mas isso não me interessava no momento, o que me interessava era retirar as imagens daquela sala escura que eu fiquei dias confinado, e esses dias me renderam parte dessas marcas.

Meu lado lupino também chorava, ambos estavam tristes, com medo e assombrados, não tínhamos como consolar um ao outro no nosso estado, essas lembranças do reino de Obsidiana com certeza eram as piores que eu tinha e provavelmente não seriam as únicas lembranças ruins.

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