E aquilo o matava aos poucos,mas ele ia superar,tinha que superar,o que era aquilo perto de perder o que mais o fazia bem? o que o mantinha vivo,absolutamente nada,ele tentava fazer outras coisas,manter a cabeça ocupada,mas no final do dia era ela que vinha ao pensamento, e isso terminava em madrugadas em claro,e o travesseiro ensopado de lágrimas,que terminava,por ele chorar até dormir,quando dormia.Ele se sentia inútil,como uma chave que ninguém lembra de onde é mas fica la no chaveiro,totalmente sem significado de existência,mas a chave nunca tinha sido um garoto de 15 anos que perdeu quase tudo ou tudo que importava pra ele, ela nunca entenderia."ELA NUNCA ENTENDERIA,ELA NUNCA ENTENDERIA O QUANTO EU AMAVA ELA,O QUANTO EU QUERIA MOSTRAR ISSO PRA ELA MAS ACABOU TÃO DEPRESSA,NÃO TIVE TEMPO",esse pensamento sempre vinha no seu pensamento e ficava,de vez em quando ele ria por lembrar de uma frase que ele nunca tinha entendido e agora era a maior verdade possível;
"As relações humanas são estranhas.Quer dizer,você passa um tempo com uma pessoa,comendo,dormindo,vivendo e amando,conversando com ela,indo a lugares e,um dia,tudo acaba."
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