A Metamorfose

Destino ou Coincidência?Meu novo colega de Quarto aparece.

Pela primeira vez consegui acordar sem precisar do despertador, o que é meio estranho, uma vez que sempre fui altamente dependente dele.

Ligo o Celular. São 5:30, logo, ainda faltam duas horas para a aula começar. Estou com fome (like always), então decido preparar o café da manhã. Nada de maçã e leite, hoje a refeição será digna. Preparo cappuccino com torradas e ovos. Sento e fico encarando as torradas enquanto mexo o cappuccino, que está fervendo.

I dunno why, mas estou com o leve pressentimento de que o hoje o dia vai ser divertido.

...

Demoro para comer esperando que o tempo passe mais rápido. Não deu muito certo, pois se passaram apenas 30 minutos. Vou ao banheiro tomar banho e fazer a barba como forma de passar mais um tempinho. Lavo meu cabelo enquanto canto Nina. Trivia time: essa música fica ainda melhor no chuveiro. Após me cansar da fria água que encharcava minhas madeixas , passo uns cremes hidratantes (no estilo princesinha mesmo, mas o que a gente não faz hoje em dia por uma pele lisinha?) e em seguida visto uma calça jeans e uma blusa com a palavra Karma bordada ( a minha favorita ) .

Guardo na mochila os meus pertences importantes e me olho no espelho antes de sair. No vidro, vejo um homem com um longo cabelo branco. Ele tinha olhos de tonalidade castanho-escura , mas não escura o suficiente para ser confundida com preto. Eu sorrio, e o homem sorri também. Eu levanto o braço esquerdo, e ele também. Estou aceitável, penso. Pego meu casaco e vou andando até o auditório, onde mais um dia de aula me aguarda.

...

Chego ao auditório com dois minutos de antecedência, e, como sempre, sou o último a chegar. Sento na fileira do meio, a qual é simplesmente perfeita. No decorrer do último ano letivo, descobri que a fileira do meio é a melhor para fazer qualquer coisa. As primeiras abrigam o grupinho cocky, portanto, mantenho distância. As últimas são bem afastadas da civilização ( algo ótimo para freaks como eu), mas todas as vezes em que sentei nelas com o intuito de dormir, acabei sendo descoberto. Eventualmente, fui proibido de sentar por aquelas bandas. Triste.

Preparo-me mentalmente para o início da tortura matinal (aka aula do Xavier) .

Meu professor é um brincante. A besta chamada Aldemir Xavier vive sorrindo, o que at first glance pode parecer algo super bacana, contudo, seus sorrisos são tão falsos quanto a coloração do meu cabelo. Ele é a verdadeira encarnação da Dolores Umbridge.

Xavier é um verdadeiro duas caras, e irritá-lo é fácil. Ele já percebeu que estou pouco ligando para as aulas, ( não sou um vagabundo desrespeitoso, as aulas é que são péssimas) e por isso as perguntas que faz para a classe nunca são para a classe, e sim, para mim. Ele está à espera de uma brecha para poder me humilhar na frente de todos, sei disso.

Acalme-se, boy, porque eu também sei jogar os seus joguinhos.

Eu sempre acho uma resposta, e com você não será diferente.

Xavier passou uns vinte minutos (que para mim foram como uma eternidade) falando sobre Francis Bacon e sua visão sobre o amor. Já conhecia o assunto, então estava tranquilo na minha. Eu já estava me preparando para um questionário para a "classe", quando o que eu menos esperava aconteceu.

Finalmente, aconteceu algo legal.

Definitivamente, as coisas hoje seriam bem interessantes.

A porta do auditório se abre com um grande estrondo. No auditório entra uma Melina suada, completamente bagunçada, e aparentemente, confusa também. É compreensível.