What do you like most in the world?

Capítulo Onze

A tarde de ontem passou a correr! Como é possível? E já são quase dez horas e ainda não me levantei. Encho os pulmões e levanto-me. Fico zonza, expiro e volta tudo ao normal. Tomo banho. Agora vem a parte mais difícil. O que vou vestir? Vou à janela e contemplo o dia. Sol e calor. Reviro o meu armário todo e por incrível que possa parecer, na minha enorme quantidade de roupa não encontro nada... Eu estou tão nervosa que nada me corre bem. O tempo não me está a ajudar, já passou meia hora e ainda não me arranjei. Pego numa camisola branca com um espanta espíritos estampado, uns calções meios rasgados, as minhas vans bordo, uns acessórios, os óculos e por fim a minha bolsa, uma espécie de mini mochila. Agora que estou vestida, sinto-me mais calma. Prendo o meu cabelo num rabo-de-cavalo. Estou pronta. Faltam cinco minutos para as onze horas, portanto vou indo. Está um sol abrasador mas tremo de nervosismo. Estou a chegar. Respiro bem fundo. Abano as mãos para relaxar.

Alguém me acena. É a Tris. Ainda não lhe contei que ia sair com o Nash. Como será que ela vai reagir?

-Olá desaparecida!

-Eih, até parece! Tu é que andas desaparecida, agora só te preocupas com o Cam…-Digo num tom de brincadeira.

-Não é verdade, no outro dia mandei-te uma mensagem a perguntar se querias sair.

-Contigo e o Cam? O quê? Para eu ser a vela entre vocês, não me queria queimar. Obrigada.

-Ah-ah-ah… Que engraçada qua a menina é…

-Eu sei!-Pisco-lhe o olho.

-E posso saber porque é que estás aqui?

-Vou almoçar com o Nash.-O meu coração bate acelera e vejo a cara de admiração da Tris.

-Então a menina vai seguir o meu conselho…-Tris lança-me um sorriso matreiro.

-Como amigos! Meu Deus!

-Sim, claro! Então vamos ver: ele á giro, simpático e querido…-Tris agarra nas minhas mãos.-Porque não?

-Tu sabes bem porquê?-Olho para o chão.

-Porque tu és insegura! E se ele te der sinais e tu não aproveitares…Nem sei o que te faço!-ameaça Tris.

-Sinais?!-franzo a testa.

-Tu vais ver…-Agora sim, Tris lança-me um sorriso carinhoso.

Tenho de continuar, senão vou chegar muito atrasada. Despeço-me e tento andar o mais depressa possível.

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Vejo um rapaz sentado na beira da estrada a mexer no telemóvel. Olha para cima. Levanta-se desajeitadamente. Sacode os calções. Lá está ele. Nash.